Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo uma vacina contra o HIV, o vírus da Aids, baseados em um plano só testado no Brasil. De aproximadamente 200 conceitos de imunizantes anti-HIV imaginados ao longo de 25 anos de luta contra a doença, o desenho da HIVBr18 é o único que mira “regiões conservadas” do vírus – trechos que não passam por mutações. Com a identificação desses alvos fixos, o imunizante brasileiro pode chegar a ser mais eficaz do que os quase 30 que passam atualmente pelo crivo dos ensaios clínicos.
O problema, como sempre, é dinheiro para seguir o ritual obrigatório de checagens. Iniciado em 2002, o projeto consumiu R$ 1,2 milhão e agora precisa de US$ 600 mil só para fazer um tira-teima com macacos-resos na Universidade de Wisconsin – não há centros de primatologia no Brasil capacitados para assumir essa etapa.