Durante séculos o alho tem sido enaltecido não apenas por sua versatilidade na cozinha, mas também por seus poderes medicinais.
Seja qual for a razão, estudos parecem respaldar um efeito. Em um estudo duplo-cego, publicado em 2001, cientistas britânicos acompanharam 146 adultos saudáveis por 12 semanas, de novembro a fevereiro. Os que foram randomicamente selecionados para receber um suplemento diário de alho sofreram com 24 resfriados durante o período do estudo, em comparação a 65 resfriados no grupo do placebo. O grupo que consumiu alho enfrentou 111 dias de doença, contra 366 daqueles que receberam o placebo. Eles também se recuperaram mais rapidamente.
Além do odor, os estudos encontraram efeitos colaterais mínimos, como náusea e erupções na pele.
Uma possível explicação para esses benefícios é que um composto, chamado alicina, o principal componente biologicamente ativo do alho, bloqueia enzimas que têm um papel importante em infecções bacterianas e virais. Ou talvez as pessoas que consomem muito alho simplesmente repelem as outras –portanto, ficam longe de seus germes.
Em um relatório publicado este ano no “The Cochrane Database of Systematic Review”, cientistas que examinaram o tema argumentaram que, embora a evidência seja boa para os poderes preventivos do alho, mais estudos são necessários.
Eles observaram que ainda não estava claro se consumir alho logo no início de um resfriado, em vez de algumas semanas antes, faria alguma diferença.
Conclusão: a pesquisa é limitada, mas sugere que o alho realmente ajuda a prevenir resfriados.