A Secretaria da Saúde de Dracena termina amanhã, o último mutirão de limpeza do ano contra a dengue. No entanto, pede que a atenção dos moradores continue voltada aos locais que possam acumular água, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Principalmente agora no verão, época de transmissão da doença.
Cristiane da Silva, profissional de Informação, Educação e Comunicação da Vigilância Epidemiológica (VE) de Dracena, destaca que o período chuvoso combinado ao calor torna as condições favoráveis ao desenvolvimento dos ovos do Aedes aegypti, que fora do contato com a água podem durar até dois anos.
Ela ainda reforça que em tempo quente, em contato com a água, os ovos se transformam em mosquitos alados em apenas uma semana. No inverno, isso ocorre no prazo de 10 a 12 dias.
O motivo para população ficar em alerta é ainda maior, devido aos altos índices de infestação larvária registrados no município este ano. O levantamento é feito a cada três meses em Dracena e o Ministério da Saúde orienta que o índice fique abaixo de 1. Cristiane informou que em fevereiro, o índice foi de 3,2, representando que a cada 100 imóveis da cidade, três deles possuem larvas do Aedes aegypti.
Em maio (0,85) e agosto (0,90), apesar dos índices ficarem dentro dos padrões considerados ideais, houve um aumento significativo em relação ao ano anterior. Os índices de infestação larvária de 2008 foram: março 0,46; junho 0,40; setembro 0,34 e dezembro 0,97.
Embora os índices sejam maiores, a Secretaria da Saúde de Dracena contabiliza este ano um total de três casos de dengue, sendo um autóctone (adquirido no município) e dois importados. No ano passado, foram seis autóctones e quatro importados, somando dez casos da doença.
A redução dos casos de dengue, entretanto, não significa que a situação está tranquila no município, enfatiza Cristiane. Ela disse que é neste período mais quente que costuma aparecer o maior número de casos da doença. Entre as razões, a falta de cuidados por parte dos moradores que deixam de verificar seus quintais.
Cristiane afirma que a população não pode descuidar das ações preventivas, principalmente agora, evitando que novos casos da doença sejam registrados no município.
VASOS DE FLORES – Aproxima-se o feriado de Finados, época em que se multiplicam os vasos de flores colocados no cemitério. Com as chuvas e o calor, os vasos se tornam reservatórios de água propícios à multiplicação do mosquito da dengue. Por isso, a Vigilância Epidemiológica orienta a população a retirar os pratinhos debaixo dos vasos e as embalagens plásticas, para que não haja locais de acúmulo de água.