Pesquisadores de universidades respeitadas têm observado o potencial do LSD e de outras drogas, como ecstasy e maconha, quanto às terapias de saúde dos pacientes.
De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, um crescente número de pessoas tem usado LSD, maconha e ecstasy para ajudar uma variedade de doenças, incluindo anorexia nervosa, dores de cabeça, enxaquecas e ataques de síndrome do pânico.
Ainda segundo o jornal, “o surgimento de comunidades que passam drogas entre usuários na base da amizade, suporte e ajuda –com dinheiro raramente envolvido– acontece em meio a um ressurgimento da pesquisa de possíveis benefícios terapêuticos das drogas psicodélicas”. O fato gera otimismo entre os adeptos do uso de droga enquanto terapia, uma vez que há a possibilidade de obtenção de remédios baseados em psicotrópicos diretamente dos seus respectivos médicos –sem o risco de ser preso por isso.
Dentre os usuários que esperam que as drogas sejam usadas como uma alternativa está a professora universitária Anna Jones (nome fictício), 35, que consome LSD uma ou duas vezes por ano. Ela diz ter receio de que, sem suas doses ocasionais, possa voltar ao alcoolismo, problema que abandonou há 14 anos, com a ajuda da droga proibida.
“Para mim, foi o catalisador para desistir de comportamentos destrutivos –alcoolismo e tabagismo. Quando era estudante, eu costumava beber duas ou três garrafas de vinho, dois ou três dias por semana, porque eu não tenho muitos amigos e não me sinto confortável comigo mesma”, diz ela. “Então eu tomei LSD um dia e não me sinto mais sozinha. Ele me ajudou a me ver diferente, a aumentar a minha autoconfiança, a perder meu desejo de beber ou fumar e apenas me sentir alguém no mundo. Não toquei em álcool e cigarros desde aquele dia, em 1995, e sou muito mais feliz do que antes.”