Não é preciso esperar muito para levar o bebê para sua primeira consulta oftalmológica. “Os cuidados com os olhos são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Na verdade, o primeiro exame é realizado assim que ela nasce. É o chamado teste do olhinho. São observados a cor pupilar (que deve ser preta), o reflexo vermelho da retina e os reflexos à luz. Ou seja, ao acender a luz em um olho, a pupila fecha e o outro olho deve reagir também”, explica o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, instituto de Moléstias Oculares. Os bebês prematuros, em especial aqueles que nascem com menos de 1,5 kg e vão para a incubadora, precisam de acompanhamento constante do oftalmologista, que perdura por 90 dias, após a alta do hospital, para avaliar se não há nenhuma alteração da retina.

A primeira consulta de rotina

A primeira consulta ao oftalmologista deve acontecer no momento em que houver alguma queixa ou por indicação de um pediatra, com caráter preventivo, ainda no primeiro ano de vida. “O olho é o órgão que mais se desenvolve nos 12 primeiros meses de vida, e aos 7 anos ‘torna-se adulto’. Por isso, o diagnóstico precoce de qualquer patologia é fundamental, pois se o olho for privado de se desenvolver adequadamente em função de alguma patologia, dificilmente irá se desenvolver plenamente após a primeira infância”, destaca a oftalmopediatra do IMO, Maria José Carrari.

A médica ressalta que a criança pequena não precisa contribuir ou participar durante a consulta oftalmológica. “Temos meios para examinar e medir a acuidade visual, inclusive a do recém-nascido, provocando movimentos oculares por excitação, o que já nos revela se a criança enxerga ou não”, diz a oftalmopediatra.

Em casa, os pais podem observar também se há algum problema com a visão da criança, prestando atenção a alguns fatos: aquelas que caem repetidamente, possivelmente não têm visão em profundidade ou apresentam dificuldades em enxergar detalhes pequenos. “Os pais podem fazer um teste simples, oferecendo um brinquedo que o filho goste muito, tampando um olho primeiro, e depois o outro, sempre observando se a criança terá a mesma desenvoltura e coordenação quando um dos olhos está ocluído”, diz a oftalmologista do IMO.

Principais problemas de visão infantis

Os problemas mais comuns de visão na infância são o aparecimento de vícios de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, além da ambliopia e do estrabismo.

“Entre os vícios de refração, ou seja, deficiências que precisam de correção óptica, a hipermetropia (http://www.imo.com.br/filmes-educativos/?video=709) é um dos problemas oculares mais encontrados em crianças e adultos, levando a criança a se queixar de dor de cabeça ou desconforto para ler de perto, assistir à TV ou jogar vídeo-game. Estima-se que 55% das pessoas no mundo apresentem hipermetropia”, afirma a médica. E o aumento dos casos se dá nos primeiros anos de vida.

O astigmatismo (http://www.imo.com.br/filmes-educativos/?video=712), é uma deformação da curvatura da córnea do olho humano, que faz com que a pessoa não veja de forma nítida. Crianças que apresentem astigmatismo podem sentir dores de cabeça e fadiga ocular, pois “forçam” os olhos para melhor enxergar. “A miopia (http://www.imo.com.br/filmes-educativos/?video=707), caracterizada pela dificuldade de enxergar longe, acomete três, em cada dez brasileiros. Como a criança não enxerga bem de longe, passa a preferir atividades como a leitura e evita a prática de esportes ou atividades que solicitem visão à distância”, explica Maria José Carrari.

Já o estrabismo (http://www.imo.com.br/filmes-educativos/?video=702) se manifesta em cerca de 2% da população mundial e deve ser tratado assim que diagnosticado. O tratamento visa prevenir a ambliopia e restaurar a binocularidade (fusão de duas imagens em uma única e tridimensional). “A ambliopia caracteriza-se por um déficit visual decorrente de estimulação visual deficiente. O tratamento exige a oclusão do olho ‘saudável’ a fim de estimular o olho mais ‘fraco’ e deve ser iniciado tão logo seja feito o diagnóstico do problema na criança, preferencialmente, antes dos 8 e 10 anos”, recomenda a oftalmopediatra.

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