O Estado de São Paulo ganhou nesta quinta-feira, 25, o maior centro público de radioterapia e diagnóstico por imagem da América Latina. A nova unidade, que recebeu investimentos de R$ 70 milhões da Secretaria da Saúde, irá funcionar no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, hospital gerenciado pela Faculdade de Medicina da USP e pela Fundação Faculdade de Medicina.
Em um espaço de 2.687 metros quadrados, haverá seis aceleradores lineares para radioterapia, um equipamento de braquiterapia (técnica pela qual o material radioativo é colocado diretamente em contato com o tumor) e um tomógrafo para simulação de procedimentos radioterápicos.
Na área de imagem, serão quatro equipamentos de ressonância magnética e três equipamentos de medicina nuclear, sendo dois PET CTs (tomografia por emissão de pósitrons) e um SPECT CT (para cintilografia tomográfica). O diagnóstico por imagem do Icesp ainda conta com seis tomógrafos, localizados em outro andar do prédio, além de raios-x fixos e móveis, ultra-sons e mamógrafos.
Quando estiver em pleno funcionamento o novo centro radioterápico do Instituto, inaugurado pelo governador José Serra nesta quinta, terá capacidade para realizar, anualmente, 90 mil sessões de radioterapia, 30 mil ressonâncias magnéticas e 18 mil exames de medicina nuclear. Os equipamentos agora deverão passar por processo de certificação do Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e inspeção da Vigilância Sanitária Estadual.
“As novas instalações do Icesp consolidam o hospital como centro de excelência em oncologia, dotado dos mais modernos recursos tecnológicos para diagnóstico e tratamento dos pacientes da rede pública”, afirma o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Nas salas de radioterapia foram aplicados pontos de fibra ótica no teto, que simulam um céu estrelado enquanto o paciente passa pelo procedimento. O objetivo é humanizar o tratamento, preocupação constante do Icesp no atendimento a seus pacientes.
O Instituto do Câncer também ganhou uma moderna central de emissão de laudos de diagnóstico por imagem com 43 estações de trabalho, além de aparelhos de TV para monitoramento de ressonâncias magnéticas em tempo real. A central recebe as imagens, em alta definição, de todos os exames de imagem realizados no Icesp e no complexo do Hospital das Clínicas e tem capacidade para emitir cerca de 400 mil laudos por ano.
“O SUS paulista vem ganhando cada vez mais relevância no investimento em tecnologia para o tratamento do câncer, visando não apenas ampliar a oferta de procedimentos aos pacientes como também oferecer qualidade máxima na prestação de serviços”, afirma o professor titular da USP e diretor-geral do Instituto do Câncer, Giovanni Guido Cerri.
Passarela da saúde
O Governo de São Paulo também entrega nesta quinta uma passarela de interligação interna entre o Instituto do Câncer e o prédio dos ambulatórios do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O investimento foi de R$ 3,8 milhões.
Com 500 metros quadrados, a passarela é constituída por estrutura metálica tubular, com ventilação natural por meio de duas entradas de ar laterais inferiores. Ela poderá ser utilizada livremente por funcionários e pacientes cadastrados dos dois hospitais, facilitando a circulação dentro do complexo HC.