Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 26, pelo Ministério da Saúde mostra que a proporção de brasileiros com hipertensão arterial cresceu de 21,5% em 2006 para 24,4% em 2009.

A pesquisa feita com 54 mil adultos mostra que os casos de hipertensão aumentaram em todas as faixa etárias, sobretudo entre idosos. De acordo com o trabalho, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais apresentam o problema. Em 2006, esse porcentual era de 57,8%.

Entre a população até 34 anos, 14% apresentam pressão alta. De acordo com o estudo, a proporção de hipertensos é maior entre mulheres (27,2%) que entre homens (21,2%).

Além disso, quanto menor a escolaridade, maiores são os casos diagnosticados. Entre os adultos com oito anos de escolaridade, por exemplo, o índice é de 31,5%, enquanto entre os com nove, dez ou 11 anos de estudo soma 16,8%.

Diante desses números, o Ministério lançou nesta segunda-feira, quando é lembrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, uma campanha de alerta contra o problema. Serão investidos nessa iniciativa 1,5 milhão. Cartazes com orientações de prevenção e tratamento serão distribuídos e peças deverão ser veiculadas em emissoras de rádio e TV de todo o País.

“Sexo para prevenir”

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ressaltou que a alimentação inadequada e o sedentarismo são aliados das doenças cardiovasculares. “O que vemos é uma transição no padrão alimentar da população, que come mais carne com gordura, bebe mais refrigerante e mais leite gorduroso”, analisa o ministro. “As pessoas têm que se mexer. A pelada do final de semana não deve ser a única atividade física do brasileiro. Os adultos devem praticar exercícios, caminhar, dançar, fazer sexo seguro”.

A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. O movimento acaba sobrecarregando órgãos como o coração, os rins e o cérebro. Se não for tratada, a hipertensão pode provocar complicações como o entupimento de artérias, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e enfartes.