Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde revelou que São Paulo bateu, em 2009, o recorde de mamografias realizadas desde que o levantamento passou a ser feito, há cinco anos, com o início dos mutirões. No total, a rede fez 1.176.838 mamografias na capital e no interior. O número representa um aumento de 11, 6% em relação a 2008, quando foram feitos 1.054.625 exames.
Para Edmur Pastorelo, presidente da Fundação Oncocentro de São Paulo, autarquia ligada à Secretaria, o crescimento era esperado. Ele afirma que os mutirões colaboraram para que houvesse um significativo aumento dos exames de rotina, fora das datas dos mutirões. “Além dos mutirões acrescentarem à conta uma média de 250 mil novos exames por ano, eles despertaram nas pessoas a iniciativa de realizar exames de rotina na rede. Isso aconteceu gradativamente, ano a ano”, afirmou.
No ano passado, os mutirões realizados em maio e novembro garantiram aproximadamente 285 mil exames. Do total, 1.193 das pacientes foram diagnosticadas com tumor de nível 4 ou 5, ou seja, os estágios mais avançados da doença.
O exame de mamografia é importante por detectar nódulos nos seios que são imperceptíveis com o exame de toque. “Com a precocidade do diagnóstico, as chances de cura aumentam significativamente”, disse Pastorelo.
A rede estadual utiliza 1.094 mamógrafos, que prestam o serviço em 399 estabelecimentos de saúde pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O número evoluiu em relação ao final de 2008, quando 359 unidades ofereciam o exame.