Levantamento realizado pelo instituto de pesquisa IBOPE em todo o país estima que cirurgiões plásticos realizaram, somente em 2009, 640 mil procedimentos cirúrgicos no Brasil. As mulheres, responsáveis por 82% das intervenções, optam principalmente pelos implantes mamários, já o maior desejo dos homens é corrigir as pálpebras e o nariz.
Se por um lado os números são positivos, por outro geram preocupação na classe médica devido a uma possível banalização dos procedimentos, fazendo com que os interessados caiam nas mãos de profissionais incapacitados. “É importante que o paciente pesquise o histórico do cirurgião, saiba se ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e está devidamente regularizado”, revela Dr. Alberto Okada, da Clínica Essere, em São Paulo.
O profissional alerta para a questão da orientação que se faz necessária por parte do médico para com o paciente. “No caso dos implantes mamários, por exemplo, muitas mulheres chegam ao consultório com a idéia fixa de que desejam volumes grandes, de 320 ml, 360 ml, não dando importância para a simetria. Porém, altura, peso e largura dos ombros devem ser levados em consideração no momento de definir o tamanho da prótese a ser implantada, sem contar que o volume não reflete exatamente o tamanho que a mama vai ficar, pois o implante será somado ao volume mamário que a paciente já possui”, informa.
Dr. Okada afirma, ainda, que a palavra final deve sempre ser do cirurgião. “O médico deve deixar explícito ao paciente qual o resultado previsto de acordo com a escolha feita. Se a pessoa insistir na colocação de uma prótese que o médico acredita não ser compatível com o seu perfil, sugiro não realizar o procedimento. O maior patrimônio do ser humano é o seu próprio corpo e isso deve ser respeitado acima de qualquer vontade”, finaliza.