Através da ressonância magnética, a ciência pôde responder por que a idade é um fator de risco importante para as doenças do coração. De acordo com Susan Cheng, que coordenou um estudo abrangente na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, a massa muscular do coração encolhe 0,3 gramas por ano e ele passa a bombear 5% menos sangue para o corpo nesse período.

A análise das ressonâncias também levou à informação de que os batimentos ficam mais lentos, já que o tempo necessário para que os músculos do coração contraiam e relaxem aumenta entre 2% e 5% ao ano. “A informação mais relevante desse e de outros estudos nesse sentido é comprovar que o coração envelhece e que a população deve fazer um controle das doenças cardíacas a partir dos 45 anos”, diz a radiologista Maria Teresa Natel, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo.

De acordo com a médica, quem apresenta outros fatores de risco importantes para as cardiopatias, como hipertensão, taxas elevadas de colesterol e triglicérides, histórico familiar, bem como idade avançada, deve se submeter a um controle anual mais detalhado. “Várias doenças também contribuem para a falência do coração. A doença arterial coronária é uma delas e tem se beneficiado dos avanços tecnológicos, já que é possível ser detectada antes mesmo que o paciente descubra ter fatores de risco.”

A médica radiologista também chama atenção para o fato de que algumas doenças cardíacas apresentam sintomas inespecíficos, como respiração ofegante e fadiga. “Não se pode descartar algum grau de insuficiência cardíaca quando o paciente apresenta esses sintomas, principalmente depois dos 40 ou 50 anos. Há pacientes que confundem com gripe um tipo de cansaço desvinculado de esforço físico, quando essa manifestação pode alertar para um problema cardíaco mais grave. Na dúvida, é melhor buscar ajuda médica”.

Fonte: Dra. Maria Teresa Natel, médica radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB) – www.cdb.com.br