Após o registro de dois casos de sarampo no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde investiga a possibilidade de novas infecções no estado, sobretudo na capital, Porto Alegre, onde duas crianças tiveram o diagnóstico confirmado por um laboratório local.
De acordo com a pasta, os exames realizados, apesar do resultado positivo, são considerados preliminares, e as amostras colhidas das crianças foram enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O resultado final está previsto para a próxima semana.
As duas crianças estiveram em Buenos Aires entre os dias 22 e 28 de julho. Nesse período, foram confirmados três casos de sarampo na capital argentina. De acordo com a família, as crianças não foram vacinados por serem alérgicas a ovo.
Desde que os casos foram notificados, no dia 17 de agosto, as autoridades de saúde do Rio Grande do Sul buscam casos suspeitos de sarampo nos lugares frequentados pelas duas crianças. Técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério ajudam nas investigações.
A circulação do vírus do sarampo no Brasil foi interrompida no ano 2000. Desde então, segundo a pasta, foram registrados cinco eventos (grupos de casos relacionados), todos de infecção em outros países. No início de agosto, foram confirmados três casos importados de sarampo no Pará, todos na mesma família.
O sarampo é uma doença aguda, altamente contagiosa, transmitida por vírus, de pessoa para pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, espirrar, falar ou mesmo respirar. No início, o paciente apresenta febre, tosse, catarro, conjuntivite e fotofobia (intolerância à luz). Depois, esses sintomas são acentuados, com prostração do paciente e aparecimento de manchas avermelhadas na pele.
O ministério alertou que a vacina é o meio mais eficaz de prevenção contra o sarampo. A dose está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade.