O Ministério da Saúde está discutindo um plano de ação extrema para a prevenção no combate à dengue em municípios onde a doença pode causar maiores danos.
O ministério afirmou hoje (23), por meio de sua assessoria, que a atuação do fumacê nos municípios de Boa Vista e Cantá, em Roraima, é emergencial, para conter a proliferação da dengue tipo 4, mas que não é o mesmo critério técnico previsto para municípios de outros estados.
Segundo o ministério, a partir de uma reunião com os prefeitos até o começo de setembro, poderá ser concluída a análise técnica e então será elaborada uma nota contendo a estratégia de prevenção, a necessidade, as localidades e a forma como o fumacê será utilizado para prevenção, além dos casos de surto.
Na avaliação do ministério, “apesar de serem seguros e seguirem os padrões estipulados pela OMS [Organização Mundial de Saúde], os inseticidas sempre causam algum dano, assim o ideal é a prevenção por meio de ações mecânicas contra a formação de criadouros do mosquito”.
O ministério esclareceu que o fumacê não é a melhor medida a ser implantada para a prevenção da dengue, já que a aspersão do veneno é nociva à natureza e ataca apenas os mosquitos adultos, sem combater os ovos e larvas.
O borrifo do veneno só é aconselhado em casos emergenciais de surto e epidemia. Além disso, o inseticida pode atuar como um fator de seleção natural e colaborar indevidamente com o mosquito criando resistência na espécie.
De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, a identificação e eliminação de criadouros domiciliares continuam sendo a prioridade no combate à dengue. O documento foi elaborado pelo governo federal em 2009.