O Governo do Estado de São Paulo iniciou o Projeto “Legal pra Cachorro” que utiliza microchips em cães para identificar animais infectados com a leishmaniose visceral americana (LVA). O trabalho vai monitorar, por dois anos, a população canina de dez municípios na região de Marília, onde foram registrados 96 casos e oito mortes de humanos pela doença em 2008 e 2009, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.

As primeiras cidades a participar são: Adamantina, Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Lucélia, Mariápolis, Osvaldo Cruz, Pacaembu, Pracinha, Sagres e Salmorão.
Dracena, que não entrou na lista, já encaminhou pedido solicitando a implantação dos microchips nos cães do município, conforme informou o diretor do Centro de Controle de Zoonoses, Hugo Vagner Ulbano Bachega.

Ele acredita que o município será indicado numa segunda etapa do projeto, assim como Junqueirópolis, Tupi Paulista e Presidente Prudente, que também estão fazendo pedidos. O diretor do CCZ ainda informou que o município pretende conseguir, além dos chips para os pequenos animais, também para os grandes, como os equinos. “Temos muitos problemas com esses animais encontrados soltos”, conta.

Aproximadamente 20 mil cães passarão por inquérito censitário. Os animais receberão microchip, onde ficarão armazenadas as informações sobre sua saúde e endereço. No chip também terá os resultados dos exames laboratoriais de sangue que forem realizados no período da pesquisa.

A Secretaria investigará também os hábitos alimentares dos insetos. Através dos exames do conteúdo estomacal será possível identificar o sangue de quais animais os insetos mais se alimentam. Já é sabido que o cão é um dos animais preferidos para flebotomínios se alimentarem e hospedeiro do parasito Leishmania chagasi, que causa a LVA.