Os municípios paulistas ganham, a partir do próximo mês, acesso online a exames de saúde pública como dengue, febre amarela, hepatites, meningites, tuberculose, gripe A H1N1 e leishmaniose, entre outros. O sistema, disponibilizado pelo Instituto Adolfo Lutz, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, irá agilizar o trabalho de vigilância epidemiológica e controle de doenças em todo o Estado.
Por meio de login e senha, os profissionais de saúde das vigilâncias epidemiológicas municipais e dos hospitais públicos poderão acessar via web o resultados dos exames, a partir da análise das amostras de sangue e urina dos pacientes encaminhadas aos laboratórios do Lutz. Com isso haverá maior rapidez na adoção de medidas visando o controle de agravos à saúde.
A ferramenta acaba com a necessidade de deslocamentos para entrega dos resultados ou envio dos laudos pelo correio. O sistema também irá beneficiar a vigilância epidemiológica de outros estados para os quais o Adolfo Lutz é referência.
“Esta ferramenta certamente irá proporcionar o aperfeiçoamento da transmissão de informações importantes aos serviços de vigilância epidemiológica em todo o Estado, contribuindo para a rápida tomada de decisão em relação a medidas de controle e bloqueio de doenças”, diz Marta Salomão, diretora do Adolfo Lutz.
O Instituto Adolfo Lutz realiza cerca um milhão de exames por ano, auxiliando no monitoramento de surtos e epidemias, no Estado de São Paulo e no Brasil. Desde 2007, o Lutz desenvolveu testes rápidos (PCR Real Time) para diagnóstico de caxumba, meningites e coqueluche, além de técnicas para genotipagem (identificação do tipo de vírus) de dengue, hantavírus, sarampo, hepatite B, hepatite C, Influenza, enterovírus e rubéola e técnicas avançadas para detectar marcadores moleculares de resistência para tuberculose, enterobactérias e fungos.
Com orçamento de R$ 12,5 milhões anuais, o Instituto Adolfo Lutz conta hoje com cerca de 900 profissionais, entre os quais 144 técnicos de laboratórios, 263 pesquisadores e 61 biologistas. Além do instituto central, outros 11 laboratórios regionais realizam exames de forma descentralizada no litoral e interior do Estado.
O Sistema de Informação e Gestão /web do Adolfo Lutz foi desenvolvido pela Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo). A Secretaria reestruturou toda a rede de informática do instituto para a implantação do projeto.