Ontem (25) foi o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. Para o médico responsável pelo Banco de Sangue da Santa Casa de Dracena, Sylvio Adir Miguel, a data é propícia à reflexão sobre “ser ou não ser um doador”, além de ser um dia de agradecimento para os doadores, que durante todo o ano ajudaram a salvar vidas. “Sem eles, o trabalho médico não poderia ser realizado”, diz Sylvio Adir.
Muitos doadores compareceram ao local ontem pela manhã. Houve café da manhã especial com apoio do Rotary Club Dracena e Imperial e ainda o Rotaract.
O Banco de Sangue da Santa Casa de Dracena atende 13 municípios, cinco hospitais e quatro prontos-socorros.
“Atendemos mais ou menos 130 mil habitantes”, relata. São realizadas aproximadamente 250 coletas por mês e efetuadas cerca de 400 transfusões. O médico explica que esse último número (de transfusões ser maior do que o de coleta) é possível porque o sangue é fracionado em hemocomponentes (hemácias, plasma e plaquetas). “Um único doador pode servir até quatro pacientes diferentes”, afirma.
O médico ressaltou que durante o ano são promovidas campanhas com parceiros para incentivar a doação. “Os hospitais não param. Para nós do Banco de Sangue todos os dias são iguais, sempre precisamos de doadores”, avalia.
Para os que têm medo de doar, ele assegura que não há motivos para se preocupar. “Não é preciso ter medo, o equipamento de coleta é todo descartável e importado, elaborado com engenharia especializada de forma que a agulha apesar de calibrosa não causa dor na punção”, analisa.
Medo era o que impedia Klediane Rosales Lourencetti de doar sangue. O estímulo partiu do marido, que já era doador. “Achava que era um bicho de sete cabeças, hoje vejo que é algo tranquilo. Não custa nada e vale muito”, considera.
Doador desde 1993, Adilson Ávila Garcia conta que também incentiva os amigos. “Sempre que alguém fala que está precisando de doador, eu venho”, relata. Para o doador Fancisco de Assis Gonçalves o gesto pode salvar muitas vidas. Já a doadora Rosa Parselli Hernandes ressalta que doar sangue não prejudica a saúde.
Homens podem fazer doações a cada dois meses enquanto que mulheres a cada três.
PROCEDIMENTO – Quem chega ao Banco de Sangue da Santa Casa receberá um crachá na sala de espera. É necessário levar documento de identificação com foto para que seja feito o cadastro. Em seguida é realizada entrevista clínica (questionário sobre o estado de saúde), depois, a triagem laboratorial com uma gota de sangue retirada da ponta do dedo (é necessário verificar se há o número de hemácias suficientes para doar sangue sem prejuízo ao doador).
Então, o doador entra na sala de coleta (onde fica de cinco a dez minutos). Terminada a coleta é servido um lanche (suco, chá, café e pão).
O médico explica que é importante repor volume líquido e glicose e se por acaso alguém não se sentir bem há uma sala para recuperação.
A coleta é feita de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h, no Banco de Sangue – rua São Paulo, ao lado da capela da Santa Casa.