Cerca de 80 agentes de combate a endemias da Secretaria Municipal de Saúde foram capacitados na manhã desta terça-feira (14/12), no auditório da pasta, sobre a mudança prevista para ocorrer no procedimento de vistoria de recipientes usados no controle de vetores da dengue, durante a visita em imóveis do município. É que a partir de janeiro de 2011, segundo a educadora de Saúde da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), o boletim de atividade destes profissionais passará de 13 tipos de classificações de recipientes, para 40 tipos. As instruções de como será o trabalho a partir de janeiro foram passadas aos agentes pela educadora de saúde da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Ivete da Rocha Anjolete.
Conforme Bertacco, a mudança vai tornar o trabalho do agente mais difícil, no entanto, a nova metodologia empregada possibilitará informações mais detalhadas, e consequentemente resultados mais eficientes para os trabalhos de bloqueio, de levantamento para o Índice Breteau (IB), entre outros planos de ações desenvolvidos no combate do mosquito Aedes Aegypti. “A medida foi necessária também porque o mosquito fêmea do Aedes está ficando mais resistente, já que além dos recipientes comuns que acumulam água, como pneus, vasos de plantas, vidros e caixas d’água, está buscando também outros locais para se proliferar, como fossas onde não existe água limpa parada, e até mesmo a bandeja externa de geladeiras”, revela. “Então, apesar das dificuldades, digamos que a mudança vai facilitar nosso trabalho porque teremos mais dados para trabalhar ações de combate a doença”, considera.
Antes, explica a educadora de saúde, o boletim trazia as seguintes classificações de recipientes: prato para planta, vaso de planta, recipiente natural, pneus, caixa d’água ligada à rede, depósito não ligado à rede, bebedouro, ralo pluvial, ralo comum, calha, outros fixos, material inservível e outros. Agora, a nova metodologia de trabalho traz detalhados os 40 tipos de recipientes divididos em sete classificações. São elas: depósito elevado (ligado à rede e não ligado à rede); depósito não elevado (também ligado à rede e não ligado à rede); e móveis (vasos de planta na água, vaso de planta – diversos, prato/pingadeira, consumo animal, depósito para construção, depósito para horticultura, piscina desmontável, lata, frasco e plástico utilizáveis, garrafas retornáveis, balde/regador, bandeja de geladeira e de ar condicionado, material de construção e outros).
Aparecem na relação ainda às classificações fixos (que são ralos interno e externo, laje, calha, vaso sanitário/caixa de descarga, piscina, depósito para construção, depósito para horticultura, consumo animal e outros), pneus (pneu e outros correlatos), passíveis remoção/alteração (lata, frasco, plástico, garrafa descartável, lona, encerado, plástico, entulho de construção, peças, sucatas, masseira, barco e outros) e naturais (oco de árvore e bambu, bromélias e outros). “Todos os dados coletados pelos agentes nos imóveis a partir disso, serão encaminhados para um banco de dados da Sucen, justamente para que se possa detectar quais os locais não tão comuns onde os focos, de fato, estão sendo procriados”, encerra Bertacco. A capacitação dos agentes ocorreu das 8h às 12h.