O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a destacar hoje (9) a importância de os hospitais e clínicas particulares estarem aptos a atender pacientes suspeitos de dengue. Segundo o ministro, toda a rede pública e privada de atenção à saúde, dos postos aos hospitais mais sofisticados, devem ser capazes de identificar e lidar com os casos suspeitos da doença.
Em janeiro, logo após o Ministério da Saúde ter implantado um cartão com o protocolo de atendimento médico específico para os casos suspeitos, Padilha se reuniu com representantes das operadoras de planos de saúde. Ele propôs às empresas que ajudem a divulgar os procedimentos entre os profissionais dos estabelecimentos privados.
Na ocasião, Padilha revelou que pesquisas feitas pelo ministério indicam que o número de mortes é maior na rede particular. Hoje, o ministro reforçou o argumento, ao destacar que, de seis mortes por dengue recentemente registradas no estado do Amazonas, quatro ocorreram em hospitais particulares.
“Fizemos uma reunião com as operadoras de saúde e solicitamos que o protocolo de atenção usado na rede pública passe a ser usado também na rede privada para que ela esteja preparada para atender aos casos de dengue de forma prioritária”, explicou Padilha ao participar, durante a manhã, da abertura oficial da campanha do Dia Nacional de Mobilização Contra a Dengue.
Promovida com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a população para a necessidade de todos participarem da luta contra o mosquito transmissor da doença (Aedes aegypti), a campanha irá se estender às superintendências estaduais da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de todo o país.
“Todo mundo tem que saber que o mosquito da dengue está muito presente no dia a dia das pessoas”, ressaltou o ministro ao percorrer o edifício da Funasa, na região central de Brasília, e distribuir, em um semáforo próximo, panfletos com orientações de como combater a doença.
Segundo ele, é fundamental reforçar a mobilização social. “Está provado que quando conseguimos mobilizar a sociedade para combater os focos do mosquito nas casas, nos bairros e nas comunidades, temos uma redução no número de casos”.
Padilha não descartou o risco real de uma epidemia, mas garantiu que o governo tem ações permanentes para evitar que isso ocorra. “A médio prazo, o esforço é para que tenhamos uma vacina, que é a forma mais eficaz de combater a doença. Mas ainda vamos demorar muito para ter uma vacina e não podemos ficar esperando”, disse o ministro, ao alertar sobre a importância de a população evitar deixar água parada acumulada em recipientes ou objetos.