Nesta edição do @saúde com Jairo Bouer, o ex-dependente Fabian Nacer conta como conseguiu vencer o crack, depois de 25 internações, seis delas involuntárias. Sem usar drogas desde 2003, hoje ele dá palestras sobre o assunto.
Nacer conta que começou a usar cigarro, álcool e maconha na adolescência. Aos 17 anos, experimentou cocaína pela primeira vez. Um ano depois, ele estava completamente viciado.
Ainda com 18 anos, ele ganhou um carro zero como prêmio e, com o dinheiro da venda, foi para os EUA estudar para ser piloto de avião. Ficou um ano longe da cocaína, mas acabou voltando e, para piorar, passou a ser dependente de LSD e heroína. Pedia dinheiro nas ruas de Miami para sustentar o vício, até que a família o trouxe de volta para o Brasil.
Com pouco dinheiro, acabou comprando crack e viciou-se em apenas quinze dias. Sem ter para onde ir, foi parar na cracolândia, no centro de São Paulo. Ficou lá por seis anos e acredita que teve muita sorte por não ter se envolvido em crimes nem contraído HIV.
Na entrevista, Nacer conta que a internação compulsória é necessária, já que é impossível negociar uma pessoa que está sob efeito do crack. “Não é mais um ser humano, é um zumbi”, explica. Na opinião dele, só depois de 20 ou 30 dias sem a droga é que se deve propor o tratamento à pessoa. “Se ela disser que quer morrer fumando crack, você tem que respeitar”, diz.
Um levantamento divulgado este ano pelo governo federal mostra que 370 mil pessoas consumiram crack só em 2012. Desse total, 50 mil eram crianças ou adolescentes.
Assista à íntegra desta entrevista e aos demais programas no UOL Saúde.