A Vigilância Epidemiológica (VE) de Dracena informou ontem, 29, que subiram para 145, os casos de dengue neste ano no município, o que deixa a cidade em estado de epidemia da doença. Para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, a VE realiza até hoje, sexta-feira, mutirão de limpeza nas residências e alerta a população para reforçar ações de prevenção.
Segundo a subchefe de Informação, Educação e Comunicação (IEC) da VE, Aline Andrade, há novos exames de suspeitos em análises no Instituto Adolfo Lutz, em Presidente Prudente, o que significa que os casos positivos podem aumentar ainda mais.
Andrade informa que para atingir o nível de epidemia em Dracena, os casos de dengue deveriam ultrapassar 135. “O cálculo é realizado pelo Ministério da Saúde e para determinar a epidemia, leva-se em conta o número de habitantes do município”, explica.
O avanço da dengue em Dracena pode ser constatado comparando os números da doença em 2014, quando foram registrados 84 casos durante todo o ano. Em 2015, até quinta-feira, 22, a VE havia confirmado 63 casos, número que aumentou para mais de 100 no começo dessa semana e subiu para 145 ontem, quinta-feira.
Desde segunda-feira, 26, a Secretaria da Saúde está realizando o mutirão na cidade para retirar das casas, objetos e utensílios que possam acumular água parada, onde o Aedes aegypti se procria.
ALERTA – A VE reforça o pedido à população para colaborar contra a propagação da doença, evitando deixar no interior das residências e quintais, principalmente nesses dias de chuvas recipientes com água parada.
“Os moradores devem colaborar, vistoriando com frequência, caixas d´água, ralos nas áreas internas e externas das casas e principalmente, bebedouros de animais domésticos e recipientes que ficam sob os vasos de flores, que devem ser lavados com detergente e esfregados, o ovo do mosquito Aedes pode permanecer até dois anos e durante esse período, em contato com a água ele vai eclodir”, ressalta Aline.
A VE também está distribuindo folhetos com orientações para a população e funcionários da Saúde fazem visitas nas casas para checar se há recipientes onde o Aedes possa se proliferar.
ATENDIMENTOS AUMENTAM – No Pronto Atendimento (PAM), o número de atendimentos de moradores com sintomas da doença vem aumentando em até 50% nos últimos dias, assim como nos postos de Saúde dos bairros.
Segundo a diretora do PAM, Gisela Puga de Souza, a média de atendimentos é de 260 pacientes por dia e agora, devido à dengue, esse número está aumentando, passando de 300 ao dia, a maioria com suspeitas da doença.
Gisele informa que no PAM, é feito o primeiro exame de hemograma do paciente com suspeita da doença. “Para realização dos demais exames, os casos suspeitos são encaminhadas ao Centro de Saúde, ou recebem orientações para irem aos postos de saúde dos bairros, próximos de suas casas, onde também são realizados exames de hemogramas. Os casos suspeitos no PAM e nos postos são comunicados à Vigilância Epidemiológica.
BRASILÂNDIA – No Posto de Saúde do bairro que apresenta maior incidência da doença no município, a procura por atendimentos de moradores com sintomas da doença registra aumento nesse mês, comparado a janeiro do ano passado.
Segundo a enfermeira responsável pelo Posto do Jardim Brasilândia, Karina Akiyama, desde o começo do ano até ontem, 29, foram feitas 46 notificações de suspeitos que vem recebendo acompanhamentos. “Em média, cinco notificações de suspeitos estão sendo feitas ao dia”, informa Karina.
JUSSARA – No ESF (Estratégia de Saúde da Família) do Jardim Jussara, bairro onde a incidência de dengue também é alta neste ano, a enfermeira responsável pela unidade, Daniela Maeda, a procura pelo atendimento também aumentou em média, 30% neste mês.
SANTA CLARA – Já no posto de Saúde do Jardim Santa Clara, segundo a enfermeira responsável, Marina Aparecida Dumont, a procura por atendimentos de suspeitos com dengue, não tem aumentado nos últimos dias.