O Ministério da Saúde identificou duas cidades da microrregião de Dracena em situação de risco em relação à dengue, Ouro Verde com índice larvário de 5,8 e São João do Pau D’ Alho com 4,5.
O Levantamento de Índices Rápidos do Aedes aegypti (LIRAa) foi divulgado nessa quinta-feira, 12, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro e ainda identificou outras cidades do Oeste Paulista em situação de risco que incluem Araçatuba (6,7); Euclides da Cunha Paulista (5,6); Presidente Bernardes (4,2); Presidente Prudente (4,2); Santópolis do Aguapeí (4,4) e Valparaíso (4,9). O levantamento revela ainda que foram encontrados os mais altos índices de risco paulistas em Cajati, no sul do Estado, com 8,5; Sabino, no centro-oeste com 7,7 e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, com 7,4.
De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Ouro Verde, Elen Cristiane Bifi Miranda, até o momento a cidade registrou nove casos positivos de dengue, sendo cinco autóctones (adquiridos no município) e quatro importados. A Vigilância também recebeu 30 notificações, sendo que oito pacientes ainda aguardam o resultado dos exames.
Elen explica que uma média de 680 casas foram visitadas para a pesquisa, onde em 40 imóveis foram encontrados larvas do mosquito Aedes aegypti.
Para diminuir o número de casos de dengue em Ouro Verde, a Vigilância Epidemiológica vem realizando com frequência arrastão, campanha na rádio local, trabalhos em parceria com o Lions Clube da cidade, bloqueios e na próxima semana durante a festa do rodeio, serão expostos avisos e faixas alertando sobre os cuidados com a dengue.
O número de casos registrados nos três primeiros meses deste ano supera o do ano passado quando foi registrado apenas um caso no mesmo período. Elen salienta que apesar de o município não estar enfrentando uma epidemia como vem ocorrendo em cidades bem próximas, (como é o caso de Dracena, Junqueirópolis e Tupi Paulista), o alerta quanto à limpeza nas residências continua. “Para que o município seja enquadrado em estado de epidemia teria que registrar acima de 50 casos”, diz.
SÃO JOÃO DO PAU D’ ALHO – A reportagem ouviu a Secretaria Municipal de Saúde de São João do Pau D’ Alho que informou que até o momento foram registrados três casos da doença, sendo um autóctone e três importados. Não há pacientes aguardando resultado de exame no momento.
A secretária municipal de Saúde, Andréia Pereira Santos Panizo, pontua que uma média de 300 casas foram visitadas para a pesquisa do LIRAa. No entanto, ela não soube informar a quantidade de residências onde foram encontradas as larvas do mosquito Aedes aegypti.
Para controlar o número de casos, a Secretaria está intensificando o trabalho casa a casa, retirando os recipientes que acumulam água. “Esse trabalho a gente não para. Trata-se mais de uma parte educativa”, avalia Andréia explicando que será considerada epidemia na cidade caso o número de doentes atinja acima de 21 pessoas contaminadas.
A secretária de Saúde conta, ainda, que está conversando com o prefeito Manoel Pereira para criar uma lei municipal que possa punir o munícipe em forma de notificação ou multa, onde a larva do mosquito da dengue for encontrado.
O índice utilizado no LIRAa leva em consideração a porcentagem de casas visitadas com larvas do mosquito Aedes aegypti.
Os municípios classificados como ‘de risco’ apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. O estado de alerta registra menos de 3,9% dos imóveis pesquisados com larvas do mosquito e o estágio é satisfatório com índice abaixo de 1%.
O estado de São Paulo apresenta a terceira maior incidência de casos de dengue no País, com 281 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde, atrás somente do Acre (com 695,4) e de Goiás (com 401 casos a cada 100 mil habitantes). (Com informações da Agência Brasil).