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Em meio ao atual surto de dengue, muita gente vem buscando soluções para afastar o mosquito transmissor da doença. Além dos cremes e sprays repelentes, é crescente o uso das pulseiras de borracha feitas com citronela. Mas elas são realmente eficientes no combate ao Aedes Aegypti?
Segundo o infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica, dr. Alberto Chebabo, embora a citronela seja um repelente natural, não há evidências científicas que seu uso seja o método preventivo mais eficaz. “Os repelentes com concentrações acima de 25% e que oferecem proteção de 12 horas ou mais são os mais indicados e com maior capacidade de proteção”, diz o médico.
De acordo com especialistas, o mosquito da dengue tem o voo baixo, mais próximo do solo, ou seja, o risco de picada é maior nos pés e nas pernas. Por isso, quando a pulseira é utilizada no pulso, a probabilidade dela funcionar é ainda menor, já que a quantidade de citronela utilizada na sua fabricação não é suficiente para afastá-los do corpo todo.
A pulseira costuma ser vendida pelo preço médio de R$ 5 e dura até cinco dias. Como ela não repele o inseto de toda região corpórea, algumas pessoas usam até mais de uma. “Analisando o custo benefício da pulseira, percebemos que o uso de um repelente tradicional acaba sendo melhor para o usuário, que gasta menos e tem mais segurança”, afirma dr. Chebabo.
A citronela também tem sido utilizada para repelir o Aedes Aegypti no formato de vela. Entretanto, assim como a pulseira, ela é limitada por só afastar o inseto em uma determinada região. Além disso, muitas pessoas têm dificuldade de utilizar esta alternativa repelente devido ao seu forte odor.
“Na verdade, nenhum método repelente é 100% confiável. Até porque alguns tipos de mosquito criaram resistência às substâncias utilizadas para afastá-los. Mas isso não torna sua utilização desnecessária, ainda mais neste período de epidemia”, conclui o especialista.
O Delboni Medicina Diagnóstica tem cerca de 30 unidades de atendimento em todas as regiões da Grande São Paulo.
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