Levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, mostra que 7 em cada 10 mulheres com câncer de ovário chegam ao hospital com a doença avançada.
Mensalmente são realizados mais de 800 atendimentos no serviço de ginecologia do Instituto. Do total de pacientes com tumor de ovário, cerca de 20% têm entre 45 e 54 anos e 70% das mulheres estão acima dos 55 anos, período em que é mais frequente o desenvolvimento do câncer.
Entre os fatores de risco estão o histórico familiar e a obesidade. Mulheres que fazem terapia de reposição hormonal e tratamento para a fertilidade também estão mais propensas a desenvolver a doença.
O tumor é considerado “silencioso”, e os poucos sintomas apresentados costumam ser ignorados pela maioria das mulheres, uma vez que são confundidos com desconfortos comuns como inchaço (aumento) do volume abdominal, menstruação irregular e indigestão. Também podem ocorrer dores abdominais e na região pélvica, perda do apetite e náuseas.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontaram aproximadamente seis mil novos casos da doença para o último ano. Apesar da incidência relativamente baixa, o câncer de ovário é o tipo de tumor ginecológico com alto índice de mortalidade. Por isso é importante que as mulheres estejam atentas às mudanças no corpo, bem como a incômodos e dores constantes. “A visita anual ao ginecologista pode ajudar a antecipar o diagnóstico, aumentando as chances de sucesso do tratamento”, destaca Jesus Paula Carvalho, coordenador da equipe de ginecologia do Icesp.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA / Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp)