JORNAL REGIONAL (JR) – Como o senhor avalia a situação atual das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Programa do Ministério da Saúde, na região, nas cidades de Adamantina e Dracena, as mesmas têm como funcionar, uma vez que vão depender de recursos dos municípios e do governo federal para manutenção?
JORGE CHIHARA (JC) – O funcionamento das UPAS é de responsabilidade municipal e tem um financiamento do Ministério da Saúde, que tem se mostrado insuficiente e os municípios-sedes e os que estão referenciados, devem pactuar a complementação do financiamento, bem como o acesso de pacientes a este equipamento de saúde.
Com a UPA entrando em atendimento, o município pode avaliar a desativação do serviço de urgência e emergência que está à disposição da população, atualmente através dos “Prontos-Socorros”, que estão em atividade e utilizar este recurso para complementar o financiamento das UPAs. Assim acredito que viabiliza na parte financeira.
JR – Há previsão de transformar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Dracena em AME + (AME Mais), com ampliação da área física e a implantação de novos serviços, que incluem procedimentos cirúrgicos, como vem ocorrendo em outras regiões do Estado?
JC – Existe um pedido de implantação de AME + em Dracena, que está em avaliação técnica no DRS XI (Presidente Prudente), e que será remetida à Secretaria de Saúde, para definição do atendimento do pleito. Temos demanda suficiente que justifica a sua implantação.
JR – O DRS tem como atuar na situação da falta de médicos, principalmente pediatras nos postos de saúde e hospitais em atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é uma reclamação constante de moradores da região?
JC – A contratação de médicos é prerrogativa dos prestadores de serviços e das prefeituras, a Secretaria de Saúde do Estado, através dos DRS, podem auxiliar na organização dos serviços hospitalares na região de maneira que otimize as ações, implantando serviços de abrangência regional e não apenas municipal, assim um mesmo profissional poderia atender demandas de mais municípios.
JR – Quais as prioridades no momento para a Saúde na região, em nível da Secretaria Estadual de Saúde?
JC – A Secretaria de Saúde de São Paulo tem várias prioridades, mas podemos elencar a ampliação das equipes da Atenção Básica, através de aumento das unidades do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), organizar de maneira regional a atenção hospitalar, a implantação das redes temáticas como a Rede Cegonha, Urgência e Emergência, Psicossocial, Atenção às Pessoas com Deficiências e a Rede das Doenças Crônicas. Além de ampliar oferta nas especialidades e exames de média e alta complexidade.
JR – Qual a área de abrangência do DRS de Presidente Prudente quando o senhor assumiu o cargo de diretor regional?
JC – O DRS XI abrange 45 municípios divididos em cinco colegiados Regionais de Saúde, com uma população aproximada de 730 mil habitantes. Assumi o cargo no início do mês de junho.
JR – Um breve histórico da sua carreira profissional.
JC – A minha formação e atividade profissional são de Farmacêutico-Bioquímico, trabalhando na área de Análises Clínicas desde o ano de 1980. Exerci a função de diretor de Saúde em Junqueirópolis durante 8 anos e em Adamantina, durante 2 anos e meio. Participei da diretoria do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosem-SP) por três mandatos.