A Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), não renovou os contratos com funcionários temporários e a partir da próxima quarta-feira, 9, deixam seus cargos e os serviços de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Em todo o estado de São Paulo, são 400 trabalhadores temporários que estão sendo dispensados e na Sucen de Dracena que atende mais de dez municípios da região, as informações são de que pelo menos dez desses funcionários também não retornem aos seus postos na próxima quarta-feira.
Na Sucen de Dracena, as dispensas atingiriam um motorista e nove desinsetizadores, em plena época de chuvas e chegada do verão no próximo dia 22, quando os riscos de proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, são maiores pelo acúmulo de água parada, onde o inseto deposita os ovos.
Além disso, o município passou por uma epidemia de dengue no ano passado, apesar dos alertas e ações de prevenção da Secretaria da Saúde.
REGIONAL – A diretora regional da Sucen de Presidente Prudente, Ivete da Rocha Anjolete, confirmou ontem, 4, as dispensas dos funcionários temporários pelo Governo do Estado.
Anjolete não informou o número dos dispensados, mas alertou que a região passa por riscos de epidemias de dengue neste verão. A diretora salientou que a Sucen mantém equipes de funcionários efetivos no combate à dengue e de acordo com a necessidade dos municípios, os mesmos são deslocados para intensificar o combate ao Aedes.
“Os municípios também trabalham no combate ao Aedes e à prevenção da dengue, na realidade as equipes da Sucen, fornecem apoio aos serviços que são executados pelos municípios”, explica a diretora.
Anjolete também ressalta que por mais funcionários que a Sucen contrate, não há como fazer o controle efetivo da dengue, que depende de ações da própria população para evitar a proliferação do Aedes que se desenvolve em água parada.
“A administração pública realiza todo o trabalho possível para evitar as epidemias, mas deve haver uma participação efetiva da população nesse sentido”, declara.
NOTA DA SECRETARIA – Em nota à redação, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo esclarece que não haverá “demissão” de agentes, mas término de contrato temporário de trabalho, não passível de renovação por impedimento da lei. A pasta está com processo em andamento para viabilizar a reposição de novos funcionários para a Sucen, de forma a garantir o apoio às ações de controle do mosquito transmissor da dengue. Vale ressaltar que, conforme preconiza o SUS (Sistema Único de Saúde), as ações de campo para controle e combate do mosquito Aedes aegypti são de competência das prefeituras. O Estado, por sua vez, neste ano, adotou medidas para apoiar os municípios nas ações de controle com o objetivo de que cada prefeitura também se estruturasse com equipes próprias.