O presidente da Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, disse nesta quarta-feira, dia 1º, que foi obrigado a fechar o Hospital de Fernandópolis por dificuldade financeira em manter o atendimento, uma vez que a unidade não foi credenciada pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde. 

Apesar de ser chamado de hospital, o que funciona em Fernandópolis é uma unidade exames, ligada ao Hospital de Câncer de Barretos. Também há unidades em Juazeiro (CE) e Campo Grande (MT). 

O fechamento do hospital em Fernandópolis foi anunciado no dia 31 de maio e nesta quarta-feira, 1°, durante entrevista coletiva, Prata acusou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) de não ter repassado R$ 8 milhões em verbas, prometido em dezembro de 2015.
“Toda conversa que tive com o governador teve testemunhas. Ele não cumpriu nada do que prometeu. Dos R$ 10 milhões, ele só liberou R$ 2 milhões”, reclamou o presidente.

A entidade também mantém o Hospital de Câncer de Jales, que também corre o risco de ser fechado até o fim do ano se não receber mais repasses estaduais ou federais, anuncia Prata.

“Não dá para manter sem ajuda dos governos. Se me credenciarem eu reabro em Fernandópolis. Se o governador honrar a palavra eu reabro. De um ano para cá, tudo que ele determinou não foi cumprido” afirma o dirigente. 

Durante a entrevista, Prata não poupou de críticas ao secretário estadual de Saúde, David Uip, porque ele teria dito que Barretos capta pacientes em outros estados. ” Em 50 anos é o primeiro secretário de Saúde nunca visitou Barretos. Ele é radicalmente contra nós. O secretário faz um ano que não fala com nós. Ele diz que Barretos alicia pacientes de outros estados para trazer para o estado de São Paulo.”

A Secretaria de Saúde do Estado ainda não se manifestou sobre as falar do presidente do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata.