Nos últimos tempos, a obesidade é um problema que vem atingindo grande parte da população brasileira. Tanto homens quanto mulheres sofrem com este quadro e por muitas vezes encontram-se perdidos por não saberem mais a que tipo de tratamento recorrer. A psicóloga Flávia D. Matioli Iwata, da Clínica Vida e Saúde, localizada em Dracena ressalta que a obesidade pode ter diversos tipos de razões orgânicas e hormonais, mas quando estas razões são descartadas, ela é emocional.
Qual seria então o motivo para comer compulsivamente e não conseguir manter o controle? A ansiedade em comer está muito ligada a sentimentos de raiva, frustração, culpa e angústia. Sabemos que não nos faz bem guardarmos ou mantermos por muito tempo sentimentos negativos em nosso interior, e quem é obeso, carrega consigo a ideia de que a comida gera prazer. Relacionando as duas vertentes, a psicóloga Flávia explica que “perceberemos que a obesidade emocional ou psicológica é dada em pessoas que carregam algum tipo de sentimento negativo e que acreditam que comendo estarão se livrando deles”.
“É interessante pensar que o problema não é o excesso de peso, mas sim o que e qual tipo de problema está querendo engolir ou esconder ao comer. Existe a fome biológica, que é a fome normal quando nosso organismo nos avisa que é hora de repor os nutrientes em nosso corpo e existe a fome emocional que gera vontade de comer mesmo sem o corpo estar pedindo. Quando você sentir fome, pare e reflita se realmente é fome”, informa.
Existem casos em que nem os medicamentos para emagrecimento funcionam, ou seja, a pessoa tenta tratar de fora para dentro o que deveria ser tratado de dentro para fora.
A psicológica alerta: “Uma dúvida muito frequente é a de que a baixa autoestima gera obesidade ou é a obesidade que gera a baixa autoestima? Eu considero que uma coisa leva a outra e vice-versa. Vira um ciclo vicioso e sem fim. A pessoa é obesa e se sente infeliz por causa disso e para saciar o sentimento de culpa come demasiadamente, ou então, está insatisfeita com algum problema e assim come em excesso para obter o prazer e a paz interior”.
Às vezes é inevitável resistir a uma comida saborosa que prende a nossa atenção todinha nela. Isso acontece com qualquer pessoa, mas não sempre e nem o tempo todo. “A minha dica então, para quem está em processo de emagrecimento ou que quer começá-lo, mesmo que tenha cometido o deslize de não resistir a algum tipo de comida, é que não acumule sentimento de culpa por esta razão, pois ao perceber que foi uma fome emocional, nas próximas vezes o autocontrole já será um pouco maior. Independente de qual seja a situação que você está passando, ame-se exatamente do jeito que você é! Sua alegria e satisfação em ser quem é, deposita os prazeres em outras coisas boas e belas da vida”, pondera a profissional de psicologia.
SERVIÇO: Clínica Vida e Saúde – av. Rui Barbosa, 1.283, centro de Dracena. Telefones: (18) 3821-2637/ (18) 99826-5232.