A fibromialgia é um transtorno de etiologia desconhecida, caracterizado por dor generalizada, processamento anormal da dor, distúrbios do sono, fadiga e tensões.  Pessoas com fibromialgia também podem apresentar outros sintomas como:- rigidez matinal, formigamento ou dormência nas mãos e pés, – dores de cabeça e enxaquecas, – problemas de raciocínio e memória, – menstruação dolorosa.

A fibromialgia é, muitas vezes, concomitante (entre 25% e 65%) com outras condições reumáticas, como a artrite reumatóide (AR), lúpus eritematoso sistêmico (LES) e espondilite anquilosante (EA).

PREDOMÍNIO – Segundo a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, da Associação Brasileira de Fibromiálgicos (Abrafibro), a síndrome atinge um homem para cada 20 mulheres. De acordo com a Abrafibro, cerca de 16 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a doença.

A maioria das pessoas é diagnosticada durante a meia idade, e a incidência aumenta com a idade. Mulheres em idade ativa, que sofrem com a fibromialgia e foram hospitalizadas por doenças músculo-esqueléticas ocupacionais, têm 10 vezes menos chances de conseguir trabalho, e 4 vezes menos probabilidade de manter seu emprego, após a internação.

Os adultos que trabalham e têm fibromialgia possuem uma média de 17 dias afastados do trabalho, devido à patologia, enquanto a média dos que não sofrem de fibromialgia é de 6dias. São registradas, em média, 5,5 milhões de visitas a ambulatórios por ano.

 

Impacto na qualidade de vida relacionada à saúde:

– Pacientes com fibromialgia tiveram a menor pontuação em 7 das 8 subescalas (exceto no papel emocional) do questionário de saúde SF-36, em relação a pacientes com outras patologias crônicas.

– A percepção de “qualidade de vida” para os pacientes com fibromialgia obteve uma pontuação média de 4,8 (numa escala de 1 a 10).

– Os instrumentos padrão utilizados para a avaliação de qualidade de vida relacionada à saúde talvez não sejam sensíveis o suficiente para captar todos os aspectos de pessoas com fibromialgia.

– Adultos com fibromialgia têm uma propensão 3,4 vezes maior de ter depressão, se comparados aos adultos que não sofrem de fibromialgia.

Vale lembrar que sentir dor o tempo todo não é normal. Portanto, se você se identificou com os sintomas citados, não hesite em procurar um médico.  (Fonte: Dr. Sérgio Costa, ortopedista com especialização em cirurgia de joelho, artroscopia e próteses pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp); pós-graduado pela Faculdade de Medicina da USP em Ortopedia e Traumatologia; mestre pela USP).