O inverno se aproxima, a estação começará oficialmente no dia 21 junho às 7h07, e a preocupação com a gripe sempre surge nesta época. Para combater a doença que já deu sinal da sua força este ano, com 10 mortes, sendo três casos no estado de São Paulo, uma maneira importante de prevenção é a vacina.
O Ministério da Saúde anuncia que no dia 23 deste mês começará a Campanha Nacional de Vacinação contra o Influenza. O Dia D, considerado a data mais importante de mobilização nacional, está marcado para 12 de maio, um sábado.
A ideia era iniciar os trabalhos uma semana antes, no dia 16 de abril. Apesar do atraso, o ministério aposta que a troca de datas não trará problemas, uma vez que a campanha se iniciará ainda no outono, antes de o inverno começar, quando o número de atingidos sobe pra valer.
Em Dracena, até o momento não há informação de que clínicas médicas estão comercializando doses da vacina e a rede pública de saúde aguarda reunião no Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), em Presidente Venceslau para informar mais detalhes sobre a campanha.
A farmácia Drogazé Multidrogas estará procedendo a aplicação da vacina contra a gripe nesta sexta-feira, 13, no período das 16h30 às 21h. O proprietário farmacêutico Danilo do Val Lapenta informou ao JR que desenvolve a atividade em parceria com uma clínica de fora. “Estamos oferecendo cerca de 200 doses da vacina”, diz. A dose (única) custa R$ 120 e é indicada a partir dos 6 meses de idade.
Danilo explica que a restrição é para os pacientes que apresentam alergia ao ovo e aos componentes da vacina. As doses serão aplicadas a partir de agendamentos.
A gripe é uma doença séria, que mata mais de 650 mil pessoas todos os anos, de acordo com um recente levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de causar aqueles sintomas clássicos — febre alta, nariz entupido, cansaço e dor no corpo —, ela está por trás de complicações como pneumonia e infarto.
Em 2018, os tipos de vírus incluídos na campanha são o H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Yamagata.
QUEM DEVE TOMAR
Em comparação com 2017, não há nenhuma alteração em relação ao público que deve levar a picada. A escolha desses grupos se deve ao fato de eles serem mais vulneráveis aos efeitos da gripe e sofrerem mais com seus sintomas e desdobramentos.
Além disso, parte desse pessoal possui contato diário com outras pessoas infectadas, o que aumenta o risco de transmissão. A lista inclui: Crianças de 6 meses a 5 anos; gestantes; mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias; profissionais da saúde; professores da rede pública e particular; população indígena; portadores de doenças crônicas, como diabetes, asma e artrite reumatoide; indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia; portadores de trissomias, como as síndromes de Down e de Klinefelter; pessoas privadas de liberdade; adolescentes internados em instituições socioeducativas, como a Fundação Casa.
CONTRAINDICAÇÕES
Geralmente, a vacina não costuma dar reações. Em casos raros, a pessoa pode experimentar uma pequena alergia na pele, no local da aplicação. Não caia naquela ladainha de que o imunizante provoca gripe: como ele é feito com o vírus inativado, não há nenhum risco de ele causar qualquer chateação.
Mas e aquelas histórias de gente que tomou a picada e logo depois começou a espirrar e precisou ficar de cama? Há duas explicações. Em primeiro lugar, o sistema imune demora alguns dias para contrapor o influenza — e pode ser que o sujeito tenha entrado em contato com o vírus no ambiente nesse meio tempo.
Segundo, a eficácia da vacina contra o influenza chega ao máximo em 70%. Sim, há poucos casos em que ela não surte efeito. Mesmo assim, é importante porque ajuda a evitar muitas das complicações pós-gripe, como a pneumonia.
O imunizante só está proibido mesmo para quem tem alergia severa ao ovo (ele é fabricado dentro da casca e se replica a partir da gema e da clara). Mas essa é uma condição bem incomum. (Com informações revista Saúde – Abril)