A Secretaria Municipal de Educação do Rio baniu o uso das “pulseiras do sexo” e boné ou similar entre alunos das escolas da rede pública. O veto dos adereços foi publicado nesta quinta-feira. Já em Prudente, alguns alunos ainda desconhecem o significado das pulseiras coloridas.

A proibição no Rio começa a valer a partir de hoje. Os professores também podem apreender, por até dois dias, telefones celulares que forem utilizados em salas de aula.

As normas fazem parte do Regimento Escolar, uma resolução da secretaria de Educação. O documento estabelece regras que devem ser cumpridas por estudantes e professores.

Os estudantes que não cumprirem as normas poderão ser punidos com reparação de danos à escola. As “pulseiras do sexo” estão englobadas no item que veda o uso de adereços que expressem insinuações sexuais nas dependências da unidade escolar.

Com a decisão da Prefeitura do Rio, agora somam ao menos seis cidades em que é proibido o uso das “pulseiras do sexo”. As outras cidades que também baniram o adereço são: Manaus, Campo Grande e Londrina, onde está proibido a venda e o uso. Além de Maringá (PR) e Navegantes (SC), onde o uso das pulseiras está proibido nas escolas. Em Presidente Prudente, nenhum movimento de proibição foi registrado por escolas particulares ou públicas e diretorias de ensino.

Vitória Ribeiro, aluna do 9° ano do Colégio Cristo Rei, diz que usava as pulseiras. “Mas eu não sabia o significado das cores. Após ver reportagem na TV, meus pais me proibiram de usar”, confessa.

Já a sua amiga, Gabriela Bosso, também aluna do 9° ano, afirma que sabia o significado de cada pulseira e mesmo assim usava, pois, escolheu a cor amarela que significava abraço. “Um colega chegou a estourar minha pulseira e em troca dei apenas um abraço nele”.

As pulseiras surgiram na Inglaterra e, recentemente, viraram mania no Brasil. O enfeite também é usado em um “jogo”. Quem arrebenta o acessório recebe uma retribuição sexual da dona da pulseira. Se ela for roxa, vale beijo de língua; a preta, sexo.

Marcos Antônio Travello Renno, professor da escola Monsenhor Sarrion, explica que a escola deve informar sobre os riscos de se usar as pulseiras. “Mas o poder de proibição do uso é exclusivamente dos pais, não da escola”, alerta.

Sua aluna, Amanda Kaji Leal, estudante da 7° série, relata que sabia o significado das cores. Eu sempre achei que não tinha nada a ver. Parei de usar apenas porque fiquei com medo de ficar “mal falada”.

Diana Brito, da Folha
Maysa Pontalti, em especial para o GN