Neste sábado (27) seria realizado o primeiro casamento entre duas mulheres na história de Dracena e da região, mas o acontecimento está suspenso. A decisão pela suspensão do ato foi tomada por Dóris Cássia Alessi, oficial do Cartório de Registro Civil, onde seria realizada a união, em virtude do Ministério Público, através do promotor Rufino Eduardo Galindo Campos ter ingressado com recurso administrativo junto a Corregedoria Geral da Justiça.

Segundo a responsável pelo Cartório, o promotor alegou que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável e não o casamento entre os homossexuais em geral.

Dóris disse que encaminhou o recurso para a Corregedoria onde o recurso foi impetrado e vai aguardar o posicionamento oficial.

Ela explicou que o ato é a conversão de união estável em casamento. “Os procedimentos são os mesmos realizados em um casamento entre heterossexuais e, por enquanto está suspenso, estamos aguardando decisão da corregedoria”, disse a responsável pelo Cartório.

De acordo com Dóris, o ato é a realização do casamento entre pessoas do mesmo sexo (duas mulheres ou dois homens), que seria o primeiro em Dracena e na região.

As duas mulheres que optaram em se casar moram em Dracena, sendo que uma tem 33 anos e a outra 31 e estão juntas há aproximadamente três anos.

A autorização para a realização deste casamento foi dada pelo juiz Bruno Machado Miano que respondia pela 2ª Vara Judicial de Dracena.