Ontem (29) de manhã, os carteiros que fazem as entregas de correspondências dos Correios cruzaram os braços em Dracena, aderindo à greve da categoria que começou há 15 dias.

Os grevistas de Araçatuba, Rinópolis, Birigui, Panorama e Penapólis, entre outras cidades onde a categoria já aderiu ao movimento, vieram a Dracena acompanhados de um diretor sindical, fizeram reunião em frente à agência local e conseguiram a adesão dos carteiros de Dracena para a greve.

Sílvio Prudêncio, diretor da base de Araçatuba do Sindicato dos Empregados dos Correios de Bauru e região, disse ontem à tarde que estava em Valparaíso onde também os carteiros de lá decidiram paralisar as atividades.

Ele explicou que em Dracena, os 14 carteiros do setor operacional que fazem entregas nas ruas cruzaram os braços e, em Junqueirópolis, os quatro funcionários desse mesmo setor também pararam.

Segundo ele, a greve também foi aderida em Panorama, Osvaldo Cruz e Andradina.

Prudêncio afirmou que a greve ocorre não pela reivindicação de aumento salarial, mas também para mostrar a empresa que precisa ouvir e respeitar a categoria. “É um desrespeito total e quando a empresa nos ouvir voltaremos ao trabalho”, ressaltou o diretor sindical da área de Araçatuba.

A reportagem obteve a informação de que em Dracena na agência de atendimento o funcionamento é normal, porém as entregas de correspondências estão paralisadas.

De acordo com informações do Sindicato, a categoria reivindica R$ 200 de aumento linear, o índice inflacionário de agosto e aumento acima da inflação para o ticket alimentação.

Wagner Pinheiro, presidente dos Correios afirmou que a expectativa da empresa é que a greve terminasse ontem já que a categoria teria aceitado a proposta de 6,87% sobre os salários e os benefícios, aumento real de R$ 80 a partir de janeiro e abono de R$ 500 a ser pago imediatamente.