Muita emoção marcou o encontro da primeira turma do técnico em agropecuária do Colégio Agrícola de Dracena (1973-1975) atualmente ETEC Prof.ª Carmelina Barbosa, após 37 anos de formação. O encontro ocorreu nos dias 11, 12 e 13 de janeiro, no sítio Boa Esperança, em São João do Pau D’Alho, cujo proprietário é o ‘agricolino’ João Oder Turra.
Da turma de 35 alunos, dois já faleceram. Também participaram do evento ex-funcionários do Colégio Agrícola e o prefeito de São João do Pau D’Alho, Manoel Pereira.
Durante o encontro, alguns agricolinos e seus familiares discursaram em agradecimentos ao idealizador do evento, João Oder Turra e também aproveitaram a oportunidade para relembrar as diversas histórias vividas durante os três anos no Colégio. Na ocasião, um triste e-mail enviado pelo agricolino José Roque Melo (Morcego), de Paranapanema, foi lido em voz alta. No e-mail, Morcego justificava a sua ausência por problemas de saúde.
João Oder Turra disse à reportagem que sempre sonhou em rever os amigos, mesmo não sabendo o paradeiro de nenhum deles. “Os próprios agricolinos me ajudaram a reunir a turma”, contou.
O primeiro aluno matriculado no Colégio Agrícola de Dracena, no curso técnico em agropecuária foi José Carlos de Souza (Cipó), 59 anos, de São Vicente, litoral de São Paulo. Em entrevista à reportagem, Cipó contou que é aposentado do Banco do Brasil e, atualmente, se dedica muito ao esporte, em canoagem oceânica. “O Colégio estava em formação. Não havia infraestrutura alguma. Nossa turma foi a pioneira”, comentou Cipó.
“A escola agrícola foi uma grande escola de vida. Apesar da formação, a intimidade foi tão grande que, após 37 anos, estamos nos encontrando como nos velhos tempos. A essência de cada um prevaleceu”, ressaltou Cipó.
De acordo com o agricolino Osvaldo de Oliveira, de Valparaíso, a turma de 1973-1975 foi responsável pela construção da quadra de esportes, granja, escadaria da escola, caixa d’água, galpão, entre outras coisas.
Carlos Alves Soares (Mirandinha/Benon), 60 anos, de Cuiabá (MT), conta que no começo havia uma “marcação de território” em cada bairro de Dracena, por causa da disputa pelas garotas mais bonitas. “Fomos recebidos a pedradas. O nosso professor de Educação Física, José Narciso, conseguiu unir a turma através do esporte”.
O agricolino Juveci Francisco dos Santos (Fusquinha), 55 anos, presenteou a reportagem com um cd com a coletânea das músicas da época como, por exemplo, os sucessos de Elvis Presley, Elis Regina e Caetano Veloso. “Cada música dessa coletânea lembra até hoje um membro da turma”, comentou Fusquinha.
João Bosco (Bosco), 56 anos, de Água Clara (MS), mostrou à reportagem uma dedicatória que o mesmo havia recebido de seus colegas na época.
SOLIDARIEDADE – Segundo João Oder Turra, cada membro da turma doou valor em dinheiro que seria repassado para o Hospital do Câncer de Barretos.
FORMANDOS 1975 – Ademar Castilho Pereira (Espaguete), de Nova Andradina-MS; Alcides Delírio Martins (Lucinha), de Nova Odessa; Antônio Corsino (Nhengo), de Tucurui-PA; Carlos Alves Soares (Mirandinha/Benon), de Cuiabá-MT; Gildo Antunes de Oliveira (Brejeiro), de São Paulo; Heriberto Mariscal Filito (Mariscal), de Batayporã-MS; Hermínio Vieira da Silva (Veio), de Cuiabá-MT; Izael Passara (Mais Bobo), de Ribas do Rio Pardo-MS; João Batista da Cunha (Canarinho), de Taubaté-SP; João Bosco Galindo (Gorila), de Água Clara-MS; João Carlos Bogas Hernandes (Florzinha), de Guarulhos-SP; João Fernando de Andrade (Silvinha), de Peabiru-PR; João Oder Turra (João Oder), de Nova Guataporanga-SP; José Anderson Forti (Peninha), de Piracicaba-SP; José Carlos de Souza (Cipó), de São Vicente-SP; Juveci Francisco dos Santos (Fusquinha), de Perolândia-GO; Osvaldo de Oliveira (Doente), de Valparaíso-SP; Pedro Aparecido Garcia Baena (Pica Fumo), de Marialva-PR; Sidnei Zago (Nei), de Promissão-SP e Wilson Evaristo Rodrigues (Cafu), de Monte Castelo.