O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou hoje, no programa semanal de rádio “Café com o Presidente”, que prevê crescimento de aproximadamente 5% para o Brasil em 2010. De acordo com Lula, o País está preparado para crescer, criar mais empregos e distribuir renda. “É isso que todos nós queremos”, afirmou. “Essa é uma coisa extraordinária, que me deixa muito feliz, e eu estou muito otimista com o ano de 2010”, disse.
Lula também reiterou as previsões para o emprego em 2009 e afirmou ter ficado “muito feliz” quando, em setembro, o País abriu 252 mil vagas de trabalho com carteira assinada, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com o presidente, o Brasil criará em 2009 um milhão de postos formais. “Eu tenho mais um ano e três meses de mandato, vou trabalhar como nunca trabalhei na minha vida para concluir as coisas que estamos fazendo, para aperfeiçoar aquilo que possa ter algum defeito e, ao mesmo tempo, para deixar o Brasil mais preparado para quem vier depois de mim”, disse.
A obra de transposição do Rio São Francisco, que o presidente visitou na semana passada, também foi abordada por Lula no programa. Segundo ele, o deslocamento do rio é um projeto “extraordinário”, que mudará “um pouco” a cara do Nordeste, sobretudo do Semiárido. Lula declarou que mais brasileiros deveriam visitar a obra do canal, porque é “extraordinariamente importante para o Brasil”. “Muito mais importante ainda para os Estados do Nordeste que são recebedores dessa água: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, e mais importante ainda para 12 milhões de pessoas que moram no semiárido nordestino, que são pessoas que vão ser beneficiadas com essa água.”
Não apenas a obra, na qual são investidos R$ 6 bilhões, mas também as melhorias no entorno dela, o que inclui o saneamento básico e a coleta de esgoto em todas as cidades às margens do rio, destacou Lula, trarão benefícios para as cidades. Ao mesmo tempo, segundo ele, o governo recupera as margens do São Francisco. “Eu penso que essa obra vai fazer um diferencial na parte mais empobrecida do nosso País”, afirmou.