O governo federal apreendeu 800 cabeças de gado e 200 caprinos durante a conclusão da segunda fase da operação boi pirata no Pará. Os animais apreendidos, ontem (28), numa fazenda na região de Novo Mundo serão destinados ao governo do estado e também aos governos da Bahia e do Mato Grosso para que sejam doados a programas sociais.
O dono da fazenda já havia sido notificado duas vezes por crime ambiental. “Ele tinha sido multado por ter destruído a floresta para criar gado. E chegou a entrar com pedido de suspensão do processo na Justiça em Santarém, mas foi derrotado no recurso em Brasília”, disse o coordenador-geral de Operação e Fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), Bruno Barbosa.
Na primeira fase da operação, em 2008, houve a tentativa de leiloar o gado apreendido. Agora, o Ibama mudou a estratégia: doa o gado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para que seja destinado a programas sociais.
“O leilão foi experimental. Achou-se que naquele período seria mais fácil. Dessa vez, o boi será diretamente doado ao programa social”, afirmou Bruno. “A ideia é focar no patrimônio envolvido no crime, no caso, o boi. Não é incorporar gado em programas sociais. Isso decorre do objetivo principal que é apreender para dissuadir os fazendeiros”, completou.