O Brasil tem que aproveitar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, para se transformar numa potência olímpica e um país socialmente desenvolvido, disse hoje (2) a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, durante visita à sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) onde conheceu o projeto das Olimpíadas de 2016.

“A gente tem que utilizar a oportunidade que os Jogos Olímpicos nos dão de sermos uma potência olímpica, mas também um país socialmente desenvolvido, economicamente desenvolvido e um país de oportunidades. Temos que tirar dessas Olimpíadas tudo o que formos capazes de tirar”, disse.

A candidata defendeu a criação de uma rede nacional de centros de treinamento esportivo, a fim de que o país possa avançar no fortalecimento do esporte de alto rendimento. Dilma também propôs a “massificação do esporte de base”, com a preparação das crianças e dos jovens nas escolas, para que elas se tornem atletas no futuro.

Dilma espera que, até 2016, o Brasil tenha conseguido acabar com a pobreza extrema e a miséria. Segundo ela, o país hoje, em 2010, é muito diferente daquele de 2002, quando, de acordo com a candidata, havia estagnação econômica, desemprego e desigualdades sociais.

A candidata disse que, se eleita, pretende continuar com o programa Segundo Tempo, que prevê atividades esportivas na escola depois ou antes das aulas, e aprimorar o Bolsa Atleta, com o aumento do valor pago pelo governo, a permissão, em alguns casos, de patrocínio aos atletas e a vinculação da bolsa a um esquema de treinamento. Segundo ela, é importante que o Brasil conquiste muitas medalhas nas Olimpíadas de 2016, porque essas conquistas atraem crianças e jovens para o esporte.

Dilma também comentou sobre um suposto dossiê contra o ministro da Fazenda Guido Mantega, que teria sido elaborado por uma ala do próprio PT, conforme notícia publicada no jornal Folha de S.Paulo. Ela classificou o documento como uma “carta anônima” que não pode ser atribuída ao partido. Segundo a candidata, a questão tem um “viés claramente eleitoreiro”.