As canetas esferográficas nacionais são mais baratas e duram mais do que as importadas. É o que apurou um estudo divulgado hoje (18) pelo Programa de Análise de Produtos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Foram analisadas amostras de 20 marcas de canetas esferográficas disponíveis no mercado, sendo cinco brasileiras, 13 chinesas, uma japonesa e uma malaia.
A metodologia inédita, já que não existe uma norma técnica específica para esse tipo de análise, mensurou a quantidade de escrita do produto em metros (m) comparada ao preço cobrado pela caneta.
A análise apontou que as canetas fabricadas no Brasil escrevem cerca de 500 metros a mais do que as de outros países. Enquanto a média da capacidade de escrita das canetas nacionais ficou em 1.639 m; a das chinesas foi de 1.164 m; e a das demais, 1.112 m.
Segundo o diretor de Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, ficou constatada também a superioridade nacional na relação custo x benefício. “A caneta brasileira tem mais carga e é mais barata. Para escrever 10 mil metros, por exemplo, o consumidor paga, em média, seis vezes mais pela caneta importada”.
Lobo explicou que as canetas esferográficas fazem parte de uma lista de itens priorizados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) num Termo de Cooperação com o Inmetro para melhorar a qualidade das compras públicas. A contribuição do Inmetro é a de assessorar tecnicamente essas compras, estipulando nos editais requisitos que o produto deve atender, entre outros procedimentos. “Esses resultados vão auxiliar, por exemplo, escolas municipais e estaduais que compram material didático em grande quantidade, mas todos os órgãos públicos vão ser beneficiados com o convênio”.
O Inmetro vai estudar a possibilidade de adoção de um programa de certificação para definir padrões para as canetas vendidas no país. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) será chamada para definir as normas e requisitos que uma caneta esferográfica deve seguir.