Ao som de tambores, apitos e com narizes de palhaço, os médicos-residentes de Brasília reivindicaram hoje (24) o reajuste de 38,7% na bolsa auxílio paga à categoria. Acompanhados por um carro do Corpo de Bombeiros, os profissionais andaram do ambulatório do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) até o Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

Durante o trajeto, os manifestantes ocuparam duas das três faixas da pista, causando problemas aos motoristas. Os residentes também distribuíram panfletos, nos quais explicam o motivo da greve e pedem o apoio da população. “Exigimos respeito e precisamos de condições de trabalho dignas. Não queremos de modo algum prejudicar o atendimento”, declararam, em carta.

Cássio Rodrigues Borges, presidente da Associação Brasiliense de Médicos-Residentes (Abramer), afirmou que o fim da greve, que dura uma semana, depende da nova proposta do Ministério da Educação. “O governo sinalizou que quer fazer outra proposta, mas ainda não sabemos de quanto é. Pra gente parar a greve, tem que ser um reajuste pelo menos próximo do que estamos pedindo, talvez uns 30%. O problema é prometer e não cumprir”, declarou o residente.

A categoria rejeitou, na semana passada, a oferta de aumento de 20%. Os representantes estaduais dos residentes esperam ainda esta semana uma reunião com o Ministério da Educação para negociar o reajuste.

Além do aumento na bolsa auxílio, de R$ 1.916,45, os residentes pedem a extensão do auxílio-moradia e auxílio-alimentação para todo o território nacional – benefícios concedidos somente para os brasilienses – o aumento da licença-maternidade da residente de quatro para seis meses e o adicional por insalubridade.