A greve dos bancários chegou ao sétimo dia de paralisação ainda mais forte nas grandes cidades e se alastra pelos municípios pequenos. A paralisação também atinge os centros administrativos de todos os bancos nas capitais, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro.
Embora as atenções da categoria tenham se desviado para o primeiro turno das eleições, no último fim de semana, a festa cívica não esfriou a mobilização, segundo Cordeiro. Ao contrário, os bancários demonstram cada dia mais a “capacidade de resistência e enfrentamento à intransigência dos bancos”.
Os bancários querem 11% de reajuste, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece apenas os 4,29% de reposição da inflação e rejeita as demais reivindicações, como valorização do piso salarial e maior participação nos lucros e resultados (PLR).
Como os patrões se mantêm irredutíveis, sem nenhuma sinalização de reabrir negociações, o presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, Rodrigo Britto, considera a atitude um descaso, próprio de quem aposta no confronto.
Segundo ele, o grande número de agências bancárias fechadas [6.527 em todo o país] mostra o descontentamento da categoria com os banqueiros, que se negam a dividir parte dos gordos lucros obtidos neste ano.
Diante dessa atitude da Fenaban, o Sindicato dos Bancários do DF convocou assembleia para as 17h desta quarta-feira (6), na Praça do Cebolão, para encaminhar os próximos passos da paralisação.