No ano de 1889, no dia 15 de novembro, através de um golpe militar liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, foi proclamada a República no Brasil, colocando ponto final numa monarquia que durara quase 70 anos. Pouco tempo, tendo-se em vista a duração deste tipo de governo pelo mundo afora.
Foi Rui Barbosa quem assinou o primeiro decreto do novo regime, no dia seguinte, instituindo o Regime Provisório.
Cabe ressaltar que o então Ministro Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, lutou para preservar a Monarquia e, para isso, em meados de 1889 propôs um programa de reformas visando acalmar os ânimos dos opositores do governo. Na sua proposta incluía a liberdade de culto, autonomia para as províncias, mandatos limitados e não mais vitalícios no Senado, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do Estado, entre outras, mas todas foram vetadas pela maioria conservadora que constituía a Câmara dos Deputados.
Enquanto isso, o Governo Imperial perdia suas bases econômicas, militares e sociais.
O povo, por sua vez, não confiava mais na Monarquia e também não acreditava nas ideias republicanas. Assim, o movimento desencadeado no dia 15 de novembro de 1889 não teve a participação popular.
Segundo alguns historiadores, o próprio Marechal Deodoro precisou ser “convencido” pelos republicanos a liderar o golpe de Estado.
D. Pedro II estava em Petrópolis e voltou ao Rio de Janeiro convencido de que o objetivo dos “revoltosos” era apenas substituir o Ministério e tentou ainda organizar outro, sob a presidência de José Antônio Saraiva.
Mas, no dia seguinte, o Major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou ao monarca um comunicado sobre a proclamação do novo regime e solicitando sua partida para o estrangeiro, a fim de garantir a segurança da família real.