Os cerca de 600 homens da Força Nacional de Segurança enviados há cinco dias para Rondônia serão mantidos na região por tempo indeterminado. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (22) que os agentes ficarão no local para apoiar as ações do governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB). O contingente foi enviado à área para conter os protestos dos trabalhadores no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira.
“Eu acredito que não tenha de ficar tanto tempo assim, mas ficará o tempo necessário para que a situação seja controlada. A Força Nacional existe para isso para apoiar a segurança pública em todo território nacional”, afirmou Cardozo, depois de conceder entrevista a 11 rádios no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.
Em seguida, Cardozo afirmou que não há prazo para a retirada dos homens de Rondônia. “A Força de Segurança ficará lá o tempo que for necessário para que sejam cessadas as causas que determinaram aquele tumulto”, disse ele.
Segundo o ministro, a Polícia Federal investiga as motivações para os protestos promovidos pelos trabalhadores de Jirau. “A Polícia Federal investiga para que situações daquele tipo não mais se repitam”, disse ele.
O governador de Rondônia encaminhou o pedido para o envio da Força Nacional a Cardozo e à secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki.
Os protestos dos trabalhadores na Usina Hidrelétrica de Jirau tiveram início na última terça-feira (15), após uma briga entre um motorista de ônibus e um dos operários. Veículos e alojamentos foram incendiados e instalações do canteiro de obras foram depredadas. Os funcionários reclamam das condições de trabalho oferecidas na obra.