Três meses depois de assumir a Presidência da República, Dilma Rousseff fez hoje (20) um balanço sobre a política externa do governo. Segundo ela, os brasileiros deixaram de ver o Brasil como um “país pequeno e impotente diante dos desafios históricos”. Para Dilma, a defesa dos direitos humanos está na base de sustentação da política externa brasileira.
“A defesa dos direitos humanos está na nossa política externa, sem seletividade, sem discriminações e coerentemente”, afirmou hoje (20) em discurso na cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco.
O discurso de Dilma ocorre na semana seguinte a sua viagem à China, onde ela se reuniu com o presidente chinês, Hu Jintao, e mencionou a importância de preservar os direitos humanos. O tema é considerado delicado na China, país que é alvo de denúncias de violação de direitos humanos.
A presidenta afirmou ainda que, como país multiétnico, o Brasil busca a “interação” e respeita a “pluralidade de ideologias e políticas”. Dilma fez a afirmação depois de ter defendido, em mais de uma ocasião, a suspensão da pena de morte à viúva Sakineh Ashtiani, de 42 anos, condenada sob a acusação de adultério.
Diante dos novos e antigos diplomatas, Dilma reiterou que os esforços do governo brasileiro estão em ampliar mercados na África, no Oriente Médio e na Ásia – regiões de culturas diferentes da brasileira, mas que serão respeitadas considerando também que no Brasil há diversidade.