A Central Única dos Trabalhadores (CUT) promove hoje (6) manifestações em todo o país. Segundo o secretário executivo da central, Quintino Severo, a ideia é retomar a agenda de reivindicações da classe trabalhadora, como a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e o fim da terceirização. Além disso, as mobilizações vão chamar a atenção para a negociação salarial de algumas categorias que têm data-base no segundo semestre.
“Queremos que essa pauta reflita as nossas pautas. No caso das questões relacionadas ao trabalho decente, vamos fazer manifestações em frente aos espaços do Ministério do Trabalho. No caso do PNE [Plano Nacional de Educação] , vamos fazer manifestações em frente ao Ministério da Educação, às secretarias estaduais de Educação. Nas empresas, vamos tratar da campanha salarial do segundo semestre, reforçando a ideia que é necessário ter aumento real de salário e maior distribuição de renda”, disse.
Severo disse ainda que algumas categorias de trabalhadores farão paralisações nesta semana, como os metalúrgicos, em alguns estados, os bancários, químicos e petroleiros. “São categorias pelas quais vamos abrir um processo de mobilização rumo ao aumento real de salário e à recuperação do poder de compra”.
Além da CUT, participarão das mobilizações o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Via Campesina, a Marcha Mundial de Mulheres e a Central de Movimentos Populares.
As mobilizações vão ocorrer em vários estados, entre eles o Pará, e em Brasília. No Pará, a CUT e o MST farão mobilizações para chamar a atenção sobre a questão da reforma agrária e da violência no campo. Lideranças de movimentos ligados à agricultura familiar foram mortos no Pará, em junho deste ano, por conflitos agrários.
No Distrito Federal, o MST permanecerá acampado até o fim da semana em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo local. Às 15h, ocorre panfletagem na Estação Rodoviária de Brasília.