O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou hoje (1º) que os aeroportos brasileiros estarão adequados para receber a Copa do Mundo de futebol de 2014 independentemente da concessão dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Juscelino Kubitschek, em Brasília. A licitação para esses aeroportos está prevista para o final do ano.
Segundo Orlando Silva, ainda que a iniciativa privada não demonstre interesse ou não esteja pronta para participar do processo de licitação, esses aeroportos receberão investimentos. A previsão é que o governo invista R$ 5,5 bilhões na melhoria dos principais aeroportos brasileiros, até 2014.
“A Copa do Mundo tem um programa de investimento de R$ 5,5 bilhões na melhoria dos aeroportos. E esse programa vai acontecer independentemente de concessão. O que a presidenta Dilma [Rousseff] quer com as concessões é estimular mais a competitividade da Infraero [Empresa de Infraestrutura Aeroportuária] e melhorar a qualidade dos serviços dos aeroportos brasileiros, não pensando em Copa do Mundo, mas na oferta de serviço à população brasileira”, disse Orlando Silva.
Durante evento hoje, no Rio de Janeiro, o ministro disse que não pretende excluir nenhuma das 12 cidades-sede, porque acredita que elas cumprirão seus compromissos de construção e reforma de estádios e de infraestrutura.
Orlando Silva voltou a afirmar que a escolha da cidade que fará a abertura da Copa só será feita em outubro deste ano, mas disse que São Paulo se destaca ante as demais cidades porque tem uma estrutura melhor, inclusive no que se refere à concentração de voos internacionais.
O ministro disse ainda que o ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, terá um papel importante como embaixador do Brasil para a Copa de 2014. “O Pelé vai ser um conselheiro. Ele tem muita experiência. Ele vai ser um interlocutor, vai falar representando o governo brasileiro e vai ser um líder que vai fazer um trabalho de mobilização nacional e internacional”, disse.
O ministro afirmou encarar com naturalidade as manifestações feitas no Rio de Janeiro, no último sábado (30), contra as remoções de moradias populares para a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 e contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
“O Brasil é uma democracia. Eu vejo com muita naturalidade a organização de manifestações sobre qualquer tema. A manifestação apenas mostra a vitalidade da política brasileira. E não se surpreendam se daqui até 2014 outras manifestações, greves, venham acontecer, porque é natural”, disse Orlando Silva.