O filme Tropa de Elite 2, de José Padilha, é a produção que vai representar o Brasil na disputa por uma das cinco vagas reservadas para concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro na festa do Oscar 2012 – 84ª Premiação Anual, promovida pela Academy of Motion Pictures Arts and Sciences. O anúncio foi feito hoje (20), no Rio de Janeiro.
A escolha foi feita pela Comissão Especial de Seleção, que se reuniu na manhã desta terça-feira, durante cerca de uma hora, a portas fechadas, no Palácio Capanema, na capital fluminense. Tropa de Elite 2 venceu a disputa por unanimidade. O filme, que é líder de bilheteria, tendo levado mais de 11 milhões de pessoas aos cinemas, vai enfrentar produções de cerca de 60 países.
Ao todo, a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura recebeu 15 inscrições de longas-metragens interessados em concorrer à premiação.
As demais produções brasileiras inscritas foram: A Antropóloga, de Zeca Nunes Pires; As Mães de Chico Xavier, de Glauber Filho e Halder Gomes; Assalto ao Banco Central, de Marcos Paulo; Bruna Surfistinha, de Marcus Baldini; Estamos Juntos, de Toni Venturi; Família Vende Tudo, de Alain Fresnot; Federal, de Erik de Castro;Vips, de Toniko Melo; Histórias Reais de um Mentiroso Vips, de Mariana Caltabiano; Lope, de Andrucha Waddington; Malu de Bicicleta, de Flávio Ramos Tambellini; Mulatas! Um Tufão nos Quadris, de Walmor Pamplona; Quebrando o Tabu, de Fernando Grostein Andrade; e Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra.
A Comissão Especial de Seleção é formada pela secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Dourado Santana; pelo presidente da Associação Brasileira de Cinematografia, Carlos Eduardo Carvalho Pacheco; pelo ministro do Departamento Cultural do Itamaraty, George Torquato Firmeza; e pelos representantes da Academia Brasileira de Cinema, Jorge Humberto de Freitas Peregrino, Nelson Hoineff, Roberto Farias e Silvia Maria Sachs Rabello.
De acordo com o Peregrino, trata-se de um filme “fora da curva”. “Tropa de Elite 2 é tecnicamente muito benfeito, tem uma senhora direção e fotografia brilhante. Além de tratar de um tema absolutamente atual, por ser contra a corrupção”, avaliou.
O crítico de cinema Nelson Hoineff destacou que o filme conquistou sucesso de público ao abordar a corrupção na esfera pública. “O Brasil criou uma empatia muito grande com o filme porque ele expressou algo que todo mundo queria dizer. O brasileiro não aguenta mais a corrupção e esse é um dos motivos do sucesso dessa produção.”