Com a previsão para normalizar entregas no prazo de até dez dias, clientes em busca de encomendas e correspondências que não chegaram durante os 29 dias de paralisação devem evitar ir às agências dos Correios hoje, quando os funcionários retornam ao trabalho. Existe o risco de elas estarem muito cheias.
Justiça manda grevistas dos Correios voltarem ao trabalho hoje
Os Correios somente permitem a localização de objetos registrados, que pode ser feita pela internet.
A estimativa é que cerca de 184 milhões de correspondências e encomendas estejam com a entrega atrasada.
No centro de distribuição da Mooca, responsável pelas entregas das regiões mais populosas de São Paulo, como a zona leste e norte, o represamento de cartas atingiu mais de 10 milhões de objetos -65% do total que chegou à unidade no período.
A reportagem viu a entrada de somente um caminhão durante uma hora e meia em frente ao centro de distribuição na noite de anteontem, véspera do feriado. Mais de dez vans e caminhões estavam parados no pátio.
Apenas nove trabalhadores saíram da unidade ao término de um dos turnos, quatro deles terceirizados -a unidade tem cerca de 600 funcionários.
Os empregados, que pediram anonimato, reclamaram do trabalho que enfrentarão na volta.
A Folha questionou os Correios sobre o acúmulo de cartas na unidade da Mooca. Em nota, os Correios disseram que, desde o início da paralisação, fizeram dois terços das entregas.
A decisão do TST não agradou aos grevistas. “Perdemos os dias parados”, afirmou um deles. “Agora é voltar para a vida normal.”