O Índice do Custo de Vida (ICV) de outubro, no município de São Paulo, apresentou alta de 0,31%. A variação, no entanto, foi menor do que a de setembro em 0,38 ponto percentual. No mês anterior, o ICV ficou em 0,69%. Os dados, divulgados hoje (4), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os grupos que mais colaboraram com o aumento da inflação em outubro foram: habitação (0,62%), alimentação (0,33%), saúde (0,34%) e despesas pessoais (0,35%), que, juntos, contribuíram com 0,30 ponto percentual no cálculo da inflação do mês. Os seis grupos restantes apresentaram variações pequenas, não alterando significativamente o cálculo da taxa de outubro.

A alta da habitação (0,62%) foi resultado, principalmente, do reajuste na tarifa de água e esgoto (3,30%). O Dieese destaca ainda os aumentos ocorridos em locação, impostos e condomínio (0,60%). A alta na alimentação (0,33%) foi impactada pela elevação dos produtos in natura e semielaborados (0,02%), produtos da indústria alimentícia (0,71%) e alimentação fora do domicílio (0,33%).

Na saúde (0,34%), o aumento deu-se, principalmente, no subgrupo da assistência médica (0,42%), consequência dos reajustes dos seguros e convênios médicos (0,47%). O aumento nas despesas pessoais (0,35%) ocorreu principalmente no subgrupo da higiene e beleza (0,63%), com destaque para a elevação do papel higiênico (1,61%), do desodorante (1,21%), do sabonete (1,06%) e da pasta de dente (0,80%).

De acordo com o Dieese, a inflação geral acumulada nos últimos 12 meses foi 6,79%. Em 2011, o ICV já acumula alta de 5,01%. Dos dez grupos que compõem o índice, o Dieese destaca as seguintes taxas, superiores ao índice geral de 2011: transporte (7,64%), saúde (6,82%) e educação e leitura (5,71%). Despesas pessoais está com variação semelhante à do índice geral: 5,1%. Com taxas abaixo da inflação, estão alimentação (4,45%), habitação (4,15%), vestuário (2,34%), recreação (0,39%) e equipamentos domésticos (-2,23%).

No transporte (7,64% no acumulado de 2011), o aumento deu-se em ambos os subgrupos: coletivo (9,90%) e individual (6,63%). O Dieese destacou que os reajustes incidiram tanto sobre os bens quanto sobre os serviços: estacionamento (23,31%), táxi (18,09%), lavagem de carro (15,18%), álcool (12,63%), ônibus municipal (11,11%), metrô (9,43%), trem (9,43%) e gasolina (8,66%).

A alta na saúde (6,82% em 2011) apresentou reajustes em medicamentos e produtos farmacêuticos (3,93%) e assistência médica (7,54%). As maiores altas foram em internação hospitalar (20,10%), consultas médicas (8,27%) e seguro e convênios de saúde (7,29%). Em educação e leitura (5,71%), o aumento foi semelhante, estando educação no acumulado do ano com 5,68% e leitura com 6,21%. No item despesas pessoais (5,1%), as maiores elevações ficaram com o sabonete (9,27%), os serviços de cabeleireiro e manicure (9,07%), os de barbeiro (7,38%) e com o desodorante (6,83%).

Quanto à alimentação (com 4,45% no ano), houve alta acentuada na alimentação fora do domicílio (8,53%) e nos bens da indústria da alimentação (6,48%). E, na habitação (4,15%), as maiores altas foram verificadas nos subgrupos da conservação (6,77%) e no da locação, impostos e condomínio (5,31%). Os aumentos no vestuário (2,34%) foram influenciados pelas elevações nos preços de roupas (2,02%) e calçados (2,79%).