A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã de hoje (17), na Baixada Fluminense, 17 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada em aplicar golpes de empréstimos pelo telefone. As investigações tiveram início há cinco meses, depois da denúncia de uma vítima, e apontam, até o momento, que 163 pessoas caíram no golpe.
Segundo a polícia, o grupo tinha “corretores” que atuavam de forma independente, mas que respondiam a uma única pessoa, identificada como João Carlos Moura Filho, apontado nas investigações com o líder da quadrilha. O suspeito já responde pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e receptação.
Ainda segundo a polícia, os acusados ofereciam facilidades para conceder o empréstimo, mas para liberar o dinheiro exigiam que a vítima depositasse um valor como garantia. Os estelionatários ficavam com o dinheiro da vítima, mas não finalizavam o empréstimo.
O titular da Delegacia de Defraudações e também responsável pela operação, delegado Gabriel Ferrando, acredita que, com o golpe, a quadrilha tenha movimentado mais de R$2 milhões em aproximadamente cinco anos de atuação.
O delegado pediu atenção às pessoas na hora de solicitar empréstimos. “Evitar cair nessas promessas de dinheiro fácil e sempre se assegurar da instituição que está tendo contato. A pessoa depositava o dinheiro na conta de uma pessoa física e o anúncio era de uma pessoa jurídica. Então a pessoa tem que se certificar com quem ela está realizando aquele negócio, para não ser iludida e ser objeto de uma fraude”, advertiu.
A Operação Hidra teve o objetivo de cumprir 20 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão nos municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo e São João de Meriti, além de bairros da capital fluminense. Os acusados vão responder pelo crime de estelionato e formação de quadrilha e se condenados podem pegar dez anos de prisão. Três pessoas ainda são procuradas pela polícia.