traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, deixou a cidade do Rio com destino ao Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, na manhã deste sábado (19). Outros três traficantes – Flávio Melo dos Santos e os homens conhecidos como Carré, Coelho – também foram transferidos. Os quatros decolaram do Aeroporto Santos Dumont, no Centro da cidade, por volta das 8h30, e são transportados num avião da Polícia Federal.

O pedido de transferência foi feito pelo Tribunal de Justiça do Rio e autorizado pela Justiça Federal. O presidente do TJRJ, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, afirmou que Nem não pode ficar no estado.

Seap confirma transferência
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou a transferência:

“A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) transferiu na manhã deste sábado, 19 de novembro, os nacionais Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem; Flávio Mello dos Santos, ex-PM; Valquir Garcia dos Santos, o Carré e Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, acautelados na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu I).

Os presos foram conduzidos em 11 viaturas da Seap e escoltados por 40 Inspetores Penitenciários do Grupamento de Serviço e Escolta (GSE) até o aeroporto Santos Dumont onde seguiram em um avião da Polícia Federal às 8h25 com destino a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul”.

Porta-malas
Nem foi preso na madrugada do dia 10 de novembro, na Lagoa, Zona Sul da cidade, quando tentava fugir da Rocinha escondido no porta-malas de um carro Toyota Corolla preto. O veículo em que estava foi abordado por policiais do Batalhão de Choque que faziam uma blitz em um dos acessos à favela. O traficante e os advogados que o acompanhavam foram levados para a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária, onde foram ouvidos.

No carro, os policiais militares do Batalhão de Choque (BPChoque) encontraram, ao todo, 59.900 reais e 50.500 euros em espécie, além de cinco celulares. Somada, a quantia chega a cerca de R$ 180 mil. No dia 9, Carré, Coelho e outros suspeitos foram presos durante uma ação da Polícia Federal na Zona Sul. Entre os presos estavam três civis e dois ex-PMs -, que escoltavam o bando que tentava fugir da Rocinha.

O traficante, um dos mais procurados do Rio, era apontado como o chefe do tráfico da Favela da Rocinha. Três dias após a prisão do traficante, policiais militares, civis e federais, com o apoio de fuzileiros navais, ocuparam as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do CéuDesde então, mais de 70 fuzis, drogas, munição e carregadores foram apreendidos. A região receberá a 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade.