Em comemoração à Semana Nacional do Doador de Sangue, a Fundação Hemocentro de Brasília promoveu hoje (25) um dia especial e recebeu os doadores que comparecem à sede da entidade com balões e bolo confeitado. Neste ano, o slogan da semana é “Você Comemora uma Semana. Quem Recebe Comemora o Resto da Vida”.
“Eu me sinto muito melhor quando faço doação de sangue, dá uma sensação dever cumprido, já doei umas 20 vezes e faço questão de vir sempre”, disse o eletricista, Antônio Ramos, 47 anos.
Para a presidenta da Federação Brasileira de Hemofilia, Tania Maria Onzi Pietrobelli, a doação de sangue no Brasil tem avançado muito, porém algumas melhorias ainda devem ser implementadas, entre elas, a inclusão do Teste de Ácido Nucléico (NAT). Segundo ela, o NAT reduz o tempo de detecção do HIV ao encurtar a janela imunológica, ou seja, o período em que o vírus permanece indetectável em um indivíduo. “A necessidade de implantação do teste de Ácido Nucléico (NAT), em todas as unidades de coleta de sangue, é muito grande, queremos que o Ministério da Saúde use todos os recursos possíveis para que não haja contaminações.”
“Todos os pacientes que precisam de sangue, necessitam de uma quantidade segura nos estoques. É necessário que a população brasileira se conscientize, todos nós podemos precisar, a doação é de suma importância” acrescentou.
De acordo com Ana Rita de Carvalho, gerente da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), 2,25% da população do DF doa sangue enquanto a média nacional é 1,9%. A meta do Hemocentro de Brasília é chegar a 3%.
Os critérios para doação de sangue são rigorosos. Segundo ela, é feita uma triagem e avaliação médica pelo hemocentro, assegurando assim a qualidade do sangue. “Os doadores estão cada dia mais conscientes”, elogiou. O sangue recolhido é 100% testado e infecções causadas por transfusões são cada vez mais raras.
Com as festas de fim ano e férias de verão, os hemocentros do país registram baixa nos estoques de sangue. Em média, a queda nas doações, devido às festas e viagens, é de cerca de 30%. Nesse mesmo período, a procura pelas bolsas de sangue cresce por causa do aumento do número de acidentes nas rodovias.
“A quantidade de sangue que temos está atendendo a demanda, mas não pode baixar. Nós precisamos de pelo menos 250 candidatos por dia, pois cerca de 20% deles não estão aptos para doar por diversos motivos, como ter se alimentado inadequadamente antes da doação”, explicou a gerente.