Em visita a três países da África – Etiópia, Tunísia e Mauritânia -, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, participa de discussões sobre a crise em nações muçulmanas, o golpe de Estado na Guiné-Bissau e a instabilidade política no Mali. O chanceler intensifica as parcerias na região, seguindo determinação da presidenta Dilma Rousseff, em busca da ampliação das relações nos países emergentes.
Com o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros etíope, Hailemariam Desalegn, Patriota discutiu hoje (23) medidas que a comunidade internacional pode tomar para combater o terrorismo na região denominada Chifre da África.
No que depender do Brasil, deve ser fortalecida a atuação dos mecanismos regionais, como a União Africana (que reúne 42 nações) e as Nações Unidas. O governo brasileiro, tradicionalmente, é favorável às negociações por intermédio das entidades regionais, estimulando o diálogo e a negociação pacífica.
Na capital etíope, Adis Abeba, Patriota assinou hoje seis acordos bilaterais com o governo, definindo o diálogo político permanente, mais voos entre o Brasil e a Etiópia e cooperação em educação, agricultura, energia e infraestrutura. Em 2011, o comércio entre os dois países chegou a US$ 34,28 milhões.
A Etiópia é apontada como a décima economia da África, apresentando tendência constante de crescimento. No país, estão as sedes da União Africana (UA) e da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (ECA). Até amanhã (24) ocorrem reuniões do Conselho de Paz e Segurança da União Africana sobre a situação na Guiné-Bissau e no Mali, além das tentativas de fim do impasse entre o Sudão e o Sudão do Sul.